Novos leilões de rodovias e aeroportos têm mais chances de ocorrer, avalia consultor

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Em meio a um ano com expectativa do mercado em relação às eleições, o consultor Luiz Antonio Pires Macedo, da Rio Bravo Advisory, acredita ainda que leilões do governo federal na área de infraestrutura possam ocorrer em rodovias e aeroportos.

Tanto um setor como outro têm já estruturas prontas, com as demandas concentrados em melhorias e ampliações, o que facilita a atração da iniciativa privada, que passa a depender menos de autorizações para execução dos trabalhos e de vultosos investimentos.

Segundo ele, há ainda em rodovias o fato de grandes players já estarem atuando no Brasil ou interessados em aportar por aqui, que tem capacidade financeira, o que é positivo para a área – e o governo federal tem trabalhado para realizar novos leilões de concessão de rodovias esse ano.

No que tange aos aeroportos, o consultor explica que o governo tem também adiantados estudos de concessão no setor. Basicamente, o governo trabalha com dois projetos de seção à iniciativa privada da operação de aeródromos: um envolvendo Congonhas, em São Paulo (SP), e outro, um pacote de aeroportos no Nordeste.

A questão das ferrovias é a mais delicada. Luiz Antonio analisa que nesse setor, somente com a participação ativa de investimentos públicos é que se poderia fazer caminhar os projetos nesse campo, pois os riscos são bastante consideráveis para a iniciativa privada.

Na área de portos, mesmo com a aprovação de nova Lei há cinco anos, o especialista vê os investimentos ainda tímidos nesse setor e não tanto quanto o esperado.

Com relação à energia, o consultor avalia que com as dificuldades de desenrolar os projetos hidrelétricos na Amazônia, único local ainda com aproveitamento hidráulico disponível no País para geração de grande potência, acabam impulsionando projetos de energia eólica, solar e termoelétrica.

Ele crê que os custos altos de se construir na região Norte e as questões ambientais fazem com que os riscos sejam elevados para o investidor. Assim, eles partem para outras matrizes energéticas.

Por outro lado, os custos de desenvolvimento de usinas eólica e solar vêm caindo de preço, fazendo com que energia gerada e vendida saia com custo cada vez mais baixo, afirma Luiz Antonio. Já a questão das térmicas, ele aponta que o próprio governo tem as incentivado, para dar mais segurança ao sistema de energia elétrica no País.

O consultor também avalia que os chineses continuarão investindo em energia por aqui, principalmente em geração e transmissão, onde eles conseguem preços competitivos em materiais e equipamentos necessários de serem adquiridos para construção e operação, em aquisições feitas na própria China e trazidas ao Brasil.


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