Usina no Paraná tem potência instalada de 361 MW, gerada em duas casas de força
Com investimento de R$ 1,4 bilhão, entrou em operação a hidrelétrica Mauá, construída no rio Tibagi, entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, no Paraná. As obras da usina tiveram início em julho de 2008.
O consórcio construtor do empreendimento, que trabalhou em regime de EPC (Engineering, Procurement and Construction), é integrado pela J.
Malucelli Construtora de Obras, Consórcio ELM Mauá e VLB Engenharia. O grupo de empresas foi contratado pelo Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, operador da hidrelétrica, constituído pelas estatais Companhia Paranaense de Energia (Copel), com 51%, e pela Eletrosul Centrais Elétricas, com 49%.
A potência total da hidrelétrica Mauá será de 361 MW, sendo 350 MW produzidos na casa de força da usina principal e mais 11 MW na casa de força secundária, que será implantada junto à barragem.
A barragem da UHE Mauá empregou a tecnologia de concreto compactado a rolo (CCR) e tem 745 m de comprimento na crista e 85 m de altura máxima, e permitiu a formação de um reservatório com quase 84 km² de superfície.
Em um mês se alcançou o emprego de quase 89 mil m³ de CCR – em um dia registrou-se a marca de 4,9 mil m³. Este índice é considerado um dos mais altos já registrados no País em obras de hidrelétrica.
Para levar a água do reservatório até a casa de força, aproveitando uma queda bruta de 120 m, foi construído um circuito composto de tomada d’água de baixa pressão, túnel adutor escavado em rocha com 1.922 m de comprimento, câmara de carga, tomada d’água de alta pressão e três túneis forçados no trecho final.
A casa de força principal é abrigada e conta com três turbinas do tipo Francis, cada uma com 119,5 MW de potência. A casa de força secundária terá duas turbinas Francis, cada uma com 5,70 MW de potência.
O projeto envolve, ainda, a interligação da UHE Mauá ao sistema elétrico nacional por uma subestação operando em 230 kV e duas linhas de transmissão, que irão conectá-la às subestações Figueira (a 40 km) e Jaguariaíva (a 106 km), ambas da Copel.
Os volumes aproximados principais da obra são:
Escavação comum: 2.100.000 m³
Escavação em rocha a céu aberto: 1.200.000 m³
Escavação em rocha subterrânea: 380.000 m³
Concreto convencional: 150.000 m³
Concreto compactado com rolo: 635.000 m³