Nildo Carlos Oliveira – Belo Horizonte (MG)
Resistentes, pequenas, compactas e versáteis, essas máquinas conquistaram o mercado, sobretudo porque se movimentam com leveza e desenvoltura em espaço restrito. Mas há um problema: na ponta final do processo de vendas enfrentam o gargalo da falta de operadores treinados.
O rodeio organizado pela Case, e, no caso de Minas Gerais, com o apoio da concessionária no estado, a Brasif, tem a finalidade de oferecer treinamento a operadores. Só em Minas Gerais houve 31 inscritos. Depois de um treinamento rigoroso de cinco dias eles são certificados por técnicos e especialistas do fabricante e convidados a participar da etapa final. O treino compreende parte teórica, manutenção, segurança, técnica de operação e, depois, as provas de habilidade, agilidade e concentração, quando eles têm de fazer as máquinas marcar gol e praticar outros malabarismos, numa demonstração de que, nos canteiros das construções, no campo ou em áreas urbanas exíguas, elas podem cumprir tarefas impossíveis a outros equipamentos.
Contudo, não fossem os mercados regionais — tema recorrente de matérias da revista O Empreiteiro – a venda dessas máquinas apresentaria um quadro de leve desequilíbrio.
O gerente de marketing da Case Construction, Carlos Eduardo França, diz que o mercado vinha numa curva crescente e ascendente desde 2005. Chegou ao ápice em 2011, quando atingiu o volume de 3.350 unidades/mês. Mas, ao longo de 2012, houve uma pequena queda: foram vendidas 2.800 máquinas. Mesmo assim, o mercado não poderia ser considerado ruim. Já neste ano de 2013 as coisas podem mudar um pouco. Apesar disso, a Case está na expectativa de fechar o ano realizando negócios que impliquem vendas de 2.400 unidades.
A queda mencionada pelo executivo da Case se deve a alguns fatores. O principal deles é que no Brasil não existe fabricante nacional desse tipo de equipamento. Todos eles oferecem máquinas importadas. E, com a alta do dólar, o aumento dos preços é considerado significativo, mesmo que o aumento correspondente dos preços não seja repassado totalmente ao cliente final.
O dado positivo é que os mercados regionais seguram as vendas. O mercado mineiro, por exemplo, vai bem e, falando especificamente do ponto de vista regional, os mercados da Bahia e Pernambuco continuam aquecidos, enquanto o do Sul acusa mais o declínio. Já o mercado paulista registra perda de 3%. Um pormenor: a Case tem uma participação de 16% do mercado total dessas máquinas.
O fabricante entende que os nichos de atividades para as skids estão se ampliando, alcançando até serviços de suporte exigidos pelas concessões aeroportuárias. É que, em muitos casos, as minicarregadeiras substituem, com vantagens, as empilhadeiras tradicionais. “Basta equipá-las com garfo-pallets para que vejamos do que elas são capazes”, afirma Carlos França. E, vendo essas máquinas colocando, na cesta, as bolas de basquete, não se pode duvidar do que ele afirma.
Prêmios para quem domina as máquinas
Na etapa de Minas Gerais, ocorrida dia 14 deste mês (setembro) em Belo Horizonte, são os seguintes os operadores que domaram as máquinas: 1º lugar – Henrique Morais, da empresa Alô Caçamba: ele é de Unaí (MG) e tem 26 anos. É operador há apenas dois anos; 2º lugar: Leonardo Laet, da empresa Retroforte Locações. É de BH e tem 25 anos. Opera máquinas há 5 anos; 3º lugar: Lucas Ernani, da empresa Equipamax. É também de BH e tem 22 anos. Opera máquinas há 6 meses.
As premiações, para as etapas regionais, são: 1º colocado (operador): TV de plasma 42 polegadas; 2º colocado (operador): aparelho de som; e 3º colocado (operador): tablet. Na etapa nacional, que será no dia 14 de dezembro, em Sorocaba (SP), as premiações serão as seguintes: 1º colocado:R$ 20.000,00 em barras de ouro; 2º colocado:R$ 10.000,00 em barras de ouro e 3º colocado:R$ 5.000,00 também em barras de ouro.
Fonte: Revista O Empreiteiro