M&T Expo 2012, uma responsabilidade brasileira

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É suficiente circular pelo espaço interno e externo de 66 mil m² do Centro de Exposições Imigrantes, na capital paulista, vendo tantas máquinas e equipamentos de origem, dimensões e finalidades diversas, e ouvir empresários se manifestando nos mais diferentes idiomas,  para imaginar a responsabilidade do Brasil nesta 8ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção, que ali se realiza (de 29 de maio a 2 de junho) conjugada com a 6ª Feira Internacional de Equipamentos para Mineração.

São perto de mil marcas, algumas tradicionais, identificadas com o crescimento do País nas últimas cinco décadas, e outras recentes, que começam a percorrer caminho nacional ou internacional em busca de oportunidades no mercado brasileiro. O conjunto, refletindo a diversidade de opções e exibindo as inovações inerentes à evolução da prática da engenharia em suas várias modalidades, revela o esforço dos fabricantes daqui e de outros países para confirmar a versatilidade, eficiência e qualidade operacional de seus produtos no trabalho adverso dos canteiros de obras.

Além da exposição das máquinas, a curiosidade internacional, com a presença de jornalistas de países asiáticos, Estados Unidos, Inglaterra, América Latina e de outras regiões do mundo, confirma a responsabilidade brasileira à margem do evento. É que, se tantas máquinas estão ali, e se existe tanta curiosidade em torno delas e do mercado brasileiro, é porque o País está sendo olhado, a partir de diversos pontos do mundo, com o reconhecimento de sua importância transcontinental.

Daí, a constatação, difundida não apenas por meia dúzia de empresários, mas por dezenas deles em várias coletivas de imprensa, de que o Brasil não pode falhar na programação de suas obras, nem pode ficar apenas nos limites das promessas de executá-las. Precisa manter uma política econômica coerente com as exigências do crescimento previsto; cuidar da prioridade dos investimentos nas obras de infraestrutura, com a manutenção do Programa de Aceleração do Crescimento; não recuar  no Programa Minha Casa, minha vida, e  não deixar que as obras para a Copa de 2014 e para a Olimpíada de 2016 fiquem apenas na vitrine do marketing político, com o legado de suas prioridades postergado para depois desses eventos. 

Pelo que está se observando, nesta feira de máquinas, é visível que o Brasil não pode cometer erros de cálculo. Qualquer falha em sua programação de obras pode representar um risco para o plano de tantas empresas e frustração na expectativa de tantos países ali representados. 

 
 

Fonte: Nildo Carlos Oliveira


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