O governo de Mato Grosso marcou para 7 de fevereiro, na Bolsa de Valores de São Paulo, leilão de seis lotes de rodovias que, juntos, têm investimento previsto de R$ 8 bilhões ao longo de 30 anos de concessão. O critério para
definição dos vencedores será o desconto oferecido sobre a tarifa de pedágio. Cerca de cinco grupos já se mostraram interessados em participar, segundo o governo.
No total, serão concedidos 2.104 km de rodovias estaduais, que conectam 17 das mais importantes cidades do agro no Estado. O Lote 1 compreende 237 km das rodovias MT-160/220/242/338, entre Juara e Tapurah, com obras estimadas em R$ 700 milhões.
O Lote 2 é o que prevê receber o maior aporte de investimentos, cerca de R$ 1,8 bilhão, e envolve um trecho de 418 km das rodovias MT-160/235/249/480, entre os municípios de Campo Novo do Parecis, Diamantino, Nova Marilândia, Nova Mutum, São José do Rio Claro, Santo Afonso e Tangará da Serra.
Já o Lote 3 abrange a capital Cuiabá, Acorizal, Jangada e Rosário Oeste, em um trecho de 161,3 km das MT 010/246/401/402, com obras calculadas em R$ 1,2 bilhão para duplicar boa parte das vias. O Lote 5 (a numeração não é linear porque alguns dos lotes foram agrupados) terá R$ 1,1 bilhão em obras e inclui 308 km das MT-020/326, entre os municípios de Água Boa, Campinápolis, Canarana e Paranatinga.
O Lote 6 é o segundo maior em montante de investimentos, R$ 1,75 bilhão, e compreende 634 km das MT-020/140/225/244/251, cruzando a Chapada dos Guimarães, além de Campo Verde, Nova Brasilândia, Nova Ubiratã, Planalto da Serra, Rosário Oeste, Santa Carmem, Santa Rita do Trivelato, Sinop, Sorriso e Vera.
Fechando o pacote, o Lote 8 abrange 344 km das MT-170/220/320, entre os municípios de Brasnorte, Castanheira, Juara e Juína. Esse trecho prevê investimentos da ordem de R$ 1,08 bilhão.
Segundo o governo de Mato Grosso, as novas concessões terão uma série de inovações, como o pedágio free-flow (sem necessidade de parar em cancelas), sistema de pesagem dinâmica de caminhões (os veículos não precisam parar na rodovia). O edital prevê ainda o compartilhamento de riscos em relação a eventos climáticos extraordinários.
De acordo com o Executivo, além dos investimentos previstos em obras e na operação das rodovias, as concessões têm previsão de trazer um aumento de arrecadação de impostos calculado em mais de R$ 1 bilhão ao cofre dos municípios pelos quais as estradas passam. Outros trechos, que somam cerca de 2.000 km de rodovias, estão em estudos e serão modelados ao longo do ano que vem, para serem leiloados até 2026.