De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a presença feminina no setor da construção civil, do Brasil, aumentou cerca de 50% na última década. O dado representa mais de 200 mil mulheres trabalhando neste ramo e o crescimento não deve parar por aí. A tendência para o futuro é as mulheres conquistarem cada vez mais espaço em setores dominados historicamente pelos homens, como é o caso também do universo de equipamentos pesados.
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, no dia 08 de março, a Link-Belt promove reflexões sobre a mulher na sociedade e os desafios que ela ainda enfrenta. Para contribuir com essas, trouxemos as histórias de algumas mulheres atuantes no segmento de escavadeiras:
Vendedora externa na Pavimaquinas, distribuidor das escavadeiras Link-Belt nos estados de Santa Catarina e Paraná (Brasil), Angelita Tomazi, tem 53 anos e é um exemplo desta nova realidade. A profissional está há nove meses na empresa e revela que sempre recebeu todo o apoio e o incentivo dos seus líderes. “Basta ter dedicação, força de vontade e acreditar que, assim como os homens, nós somos fortes no mercado de trabalho. Nós precisamos também ter coragem de aceitar novos desafios e não ter medo do julgamento alheio”, afirma.
Assim como Angelita, a responsável pelo Departamento de Importações da Malvex, distribuidor de escavadeiras Link-Belt no Peru, Soledad Sánchez, tem 51 anos e ocupa um cargo de liderança para as operações da empresa. Inclusive, ela acredita que as mulheres possuem habilidades únicas e que podem fazer a diferença, especialmente nesse segmento. “Nós nos destacamos pela aptidão, pelo critério e pela capacidade de desenvolvermos soluções para qualquer transtorno que possa surgir nas atividades do comércio exterior”, diz. Quanto à relação estabelecida com os seus colegas de trabalho, Soledad afirma não ter enfrentado nenhum tipo de preconceito ou resistência por parte dos colaboradores homens. “Nunca tive problema em trabalhar com profissionais do sexo masculino. Inclusive, o diretor geral da Malvex, Kjell Malmstrom, sempre foi justo, no sentido de não discriminar o sexo feminino e valorizar a capacidade e eficiência dos profissionais”, complementa.
Já a coordenadora Financeira da Link-Belt Latin America, Bárbara Nassif, de 30 anos, revela que a Link-Belt sempre acreditou no potencial dela, desde quando iniciou sua carreira. “Comecei como estagiária, após um período fui efetivada e tive muitas oportunidades de aprendizado e crescimento. Sou muito grata pela Link-Belt fazer parte do meu desenvolvimento profissional”, diz. Ela também acredita que é muito importante as mulheres estarem nesse mercado, mesmo diante dos desafios, para mostrarem o seu potencial e ganharem cada vez mais espaço.
Outro exemplo de mulher que conquistou o seu espaço no segmento de máquinas pesadas é a responsável pelos departamentos Comercial e Marketing da SP Máquinas, distribuidor das escavadeiras Link-Belt nos estados do Pará e Mato Grosso (Brasil), Marli Ferreira, de 44 anos. A profissional, inclusive, atribui essa conquista ao suporte oferecido pela fabricante norte-americana. “Eu acredito que a Link-Belt representa muito, não só para a minha carreira como mulher, mas para a minha família também. Afinal, por meio dela concretizamos sonhos e tivemos a oportunidade de aprendermos muito”, revela Marli.
Mulheres também marcam presença em campo, como operadoras das escavadeiras
Engana-se quem pensa que a participação feminina no ramo de equipamentos para construção e mineração se resume às posições administrativas e comerciais. As mulheres estão marcando presença também como operadoras de escavadeiras. “Eu fico muito feliz em ver que cada vez mais as mulheres estão ocupando uma área tão “taxada” de ser para homens, por ser um tipo de trabalho mais pesado. É uma grande oportunidade de reconhecimento”, destaca a motorista e operadora de máquinas, no estado de São Paulo (Brasil), Isabele Dias, de 23 anos. No entanto, a jovem profissional também lamenta que a rotina de trabalho ainda seja rodeada de preconceitos. “Quando eu chego nas obras, os homens comentam, olham diferente e até não acreditam no orçamento que eu passo ou no serviço que irei prestar. Eles não confiam e me julgam como se eu não tivesse o conhecimento necessário para estar ali”, comenta Isabele ao citar os desafios enfrentados.
Outra jovem operadora de equipamentos pesados, Myllena Cerqueira, de 20 anos, atua com escavadeiras no município de Tucumã, localizado no estado do Pará (Brasil). Para ela, a única forma das mulheres conquistarem de vez os espaços dominados pelos homens é acreditando nelas mesmas. “O lugar da mulher é onde ela quiser, independentemente se é dentro de uma escavadeira hidráulica ou em casa. O nosso lugar é onde nós desejamos chegar”, reforça.
Os desafios relatados pelas operadoras não se restringem ao mercado brasileiro. Cecilia Mora, de 46 anos, é da Argentina e trabalha no ramo da construção civil há quase 20 anos. Atualmente opera escavadeiras Link-Belt na empresa Romax S.A, uma companhia argentina familiar. A profissional reforça a necessidade de as mulheres terem que enfrentar as dificuldades e diante deste cenário, Cecilia pede que as mulheres não desistam. “Eu sei, leva tempo, mas você tem que continuar. Vá em frente e mostre que a mulher merece ter espaço dela. Ela é realmente qualificada para o cargo que ocupa.”, finaliza Cecília, incentivando as mulheres a persistirem na conquista do reconhecimento profissional.