No vácuo do melhor ano da década

Compartilhe esse conteúdo

Aengenharia brasileira havia celebrado o melhor ano da década em 2008 e manteve essa trajetória em 2009, impulsionada pela aceleração das obras de infraestrutura, tanto do governo federal como dos governos estaduais, na antevéspera das eleições de 2010. O faturamento bruto somado das principais empresas do Ranking da Engenharia Brasileira, representadas por amostragem pelas 100 maiores construtoras, 20 maiores empresas de montagem industrial, 40 maiores projetistas e gerenciadoras, e 30 maiores firmas de serviços especiais de engenharia, atingiu R$ 76,741 bilhões, 11,79% superior aos números do ano anterior, que foi o melhor da década (1999-2008). Se compararmos esse valor de 2009 com o do inicio da década em 2000, o crescimento é de 142,36%.

Analisando-se o período de 15 anos, de 1995 até 2009, vamos verificar que as 100 maiores Construtoras tiveram uma expansão de 173% na receita bruta, a um CAGR (taxa anual composta de crescimento) de 7,45%. A expansão dos investimentos em infraestrutura nos anos recentes ainda não é perceptível nesta média.

O segmento de Construção Mecânica e Elétrica, representado pelas 20 maiores empresas de Montagem Industrial, registrou um avanço de 381% no faturamento, a um CAGR de 11,88%, o que reflete o volume dos investimentos crescentes da Petrobras, Mineração e Siderurgia no período em questão.

As firmas de Projetos e Consultoria também registraram um desempenho apreciável, registrando 274% a mais na faturamento conjunto das 40 maiores empresas do setor no período, a um CAGR de 9,89%, o que atesta, no mínimo, que os investimentos em projetos de engenharia pelos contratantes, sejam públicos ou privados, estão em ascensão.

As empresas de Serviços Especiais de Engenharia, representadas pelas 30 maiores do setor, elevaram em 300% a receita bruta no período, a um CAGR de 10,42%, o que se justifica pelo fato de prestarem serviços aos três segmentos analisados anteriormente.

Esta pesquisa exclusiva da revista O Empreiteiro é realizada anualmente através de questionários enviados diretamente a mais de 2500 empresas do Pais, com a participação das entidades de classe nos Estados. O faturamento bruto no ano de 2009, apurado em balanço contábil de janeiro a dezembro do exercício, serve de parâmetro de classificação no ranking dos quatro segmentos de atividades, que tem início na pg. ???. Pela primeira vez, as informações contidas nos quadros do Ranking da Engenharia Brasileira – Construtoras, Construção Mecânica e Elétrica, Projetos & Consultoria e Serviços Especiais de Engenharia – foram revisadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, considerando os procedimentos acordados com a Administração da Revista o Empreiteiro.

A série histórica aborda um período de 15 anos, cujos números foram atualizados pelo INPC-Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que registrou o valor de 4,11% segundo a Fundação Getúlio Vargas, tendo como referência a data de 30 de dezembro de 2009.

A receita consolidada das 190 maiores empresas de engenharia tem 70,89% de participação das 100 maiores construtoras; 12,80% das 20 primeiras empresas de montagem industrial; 8,68% das 40 maiores projetistas e gerenciadoras; e 7,63% das 30 maiores firmas de serviços de engenharia.

As construtoras que executam contratos de administração de obras apresentaram um parecer de auditor independente para atestar o faturamento equivalente à produção total realizada no ano, além do balanço contábil.

Os valores em dólar americano utilizados no Ranking da Engenharia Brasileira foram calculados pela taxa média anual do câmbio nominal de 2009, no valor de R$ 1,99758 / US$, de acordo a com a Fundação Getúlio Vargas. Participam do ranking 395 empresas divididas em quatro segmentos.

A pesquisa incluiu ainda a análise de balanços contábeis publicados na imprensa, que foram fornecidos pela Associação Comercial de São Paulo. Empresas de engenharia que enviaram suas informações fora do prazo, ou que não juntaram o balanço contábil, não foram incluídas no ranking.

Fonte: Estadão


Compartilhe esse conteúdo

Deixe um comentário