No plano estratégico 2023-2027, divulgado pela Petrobras no final do ano passado, a previsão é de investimentos da ordem de US$ 78 bilhões, montante 15% superior ao programado no quinquênio anterior. Desse total, US$ 64 bilhões (83%) serão alocados na área de exploração e produção. A maior parte será destinada a projetos no pré-sal, que responderá por 78% de toda a produção da Petrobras em 2027.
A expectativa da companhia é atingir, em cinco anos, a marca de 3,1 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia. Para isso, entrarão em produção 18 novas plataformas conhecidas pela sigla em inglês FPSO (unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência), mais modernas, eficientes e que geram menos impactos ao meio ambiente.
Cerca de US$ 20 bilhões serão destinados à incorporação de uma nova geração de plataformas, totalizando quase US$ 100 bilhões de recursos para novos projetos. Apenas no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, a Petrobras investirá US$ 23 bilhões nos próximos cinco anos, prevendo triplicar sua capacidade de produção.
A projeção é aumentar a extração dos atuais 600 mil barris por dia para 2 milhões de barris/dia até 2030. Segundo a empresa, Búzios é o maior campo em águas profundas do mundo em volume e em potencial de produção. Ele atualmente opera com cinco plataformas, todas do tipo FPSO: P-74, P-75, P-76, P-77 e a mais recente, Almirante Barroso, que entrou em produção em maio.
Localizada a 180 km da costa, a FPSO Almirante Barroso opera a uma profundidade de 1.900 m e tem capacidade para processar 150 mil barris/dia de petróleo e 6 milhões de m3 de gás/dia. Já a FPSO Almirante Tamandaré está em fase de construção avançada, com o casco flutuando e em comissionamento.
A previsão da Petrobras é que Búzios alcance 33% de participação na produção da empresa no final de 2026. Para isso se concretizar, estão previstas mais seis novas plataformas no campo de Búzios, entre elas, as P-82 e P-83, que incorporam o que há de mais moderno em unidades FPSO atualmente.
Cada uma delas terá capacidade para produzir até 225 mil barris de petróleo por dia, processar até 12 milhões de m3 de gás diários e armazenar mais de 1,6 milhão de barris. Para efeito de comparação, a P-62, que entrou em operação no campo Roncador em 2014, tem capacidade de produção de 180 mil barris/dia de petróleo. A P-82 será a 29ª unidade a entrar em produção no pré-sal, devendo estar em operação em 2026 e a P-83 logo em seguida.