Novo projeto de CMPC prevê construção da maior planta de celulose em Barra do Ribeiro, RS

Novo projeto de CMPC prevê construção da maior planta de celulose em Barra do Ribeiro, RS

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A CMPC, empresa chilena, e o governo do Rio Grande do Sul, firmaram um protocolo de intenções para o Projeto Natureza CMPC, que prevê a instalação de um parque industrial no município de Barra do Ribeiro-RS.

Mesmo com o impacto das fortes chuvas que atingiram o estado no final do primeiro semestre deste ano, a CMPC manteve o investimento de R$ 24 bilhões para seguir com o projeto que é composto por quatro eixos de desenvolvimento, sendo eles: silvicultura sustentável, infraestrutura logística, crescimento industrial e conservação ambiental e cultural.

A iniciativa, que contempla uma série de melhorias na infraestrutura rodoviária e portuária para serem realizadas em parceria entre a empresa e o governo do Estado, estimula a silvicultura produtiva e a ampliação das áreas de plantio de eucalipto, por meio do fomento a produtores rurais. Entre as diversas ações de modernização e logística estão a duplicação de 376 km da BR-290, que liga Eldorado do Sul e Rosário do Sul, além do término do trecho da BR-116, obras de pavimentação asfáltica, melhorias em trevos de acesso a diversos municípios onde a CMPC possui operação florestal e a construção de novos acessos rodoviários para o Porto de Pelotas e para a Fazenda Barba Negra, facilitando o fluxo de caminhões e reduzindo o percurso em áreas urbanas.

No protocolo de intenções também foi acordado a instalação de um novo Terminal de Uso Privado no Porto de Rio Grande, bem como obras de dragagem e de ampliação da capacidade de armazenagem e operação da CMPC nos portos de Rio Grande e Pelotas. Dessa forma, o projeto contribui com a ampliação do uso da hidrovia do Rio Grande do Sul, sendo que hoje a empresa já é responsável por aproximadamente 44% do volume total transportado por esse modal.

Atualmente, a planta localizada em Guaíba tem capacidade para produção de aproximadamente 2,4 milhões de toneladas por ano de celulose por ano e conta somente com empresas e fornedores gaúchos envolvidos nesse projeto. A nova unidade industrial da companhia irá valorizar a reserva natural a partir da criação do Parque Ecológico Barba Negra, que ficará aberto para visitação e realização de roteiros turísticos, com estimativa de 2,5 milhões de toneladas de celulose branqueada de eucalipto, que é utilizado na fabricação de diferentes tipos de papeis, produtos higiênicos, embalagens e que também podem ser encontrados em itens como alimentos, medicamentos e cosméticos. O objetivo é tornar o local uma referência em preservação, biodiversidade, estudos ambientais e promover o contato das pessoas com a flora e a fauna nativas de maior relevância para o Rio Grande do Sul. Além disso, a empresa assume o compromisso de promover um programa de qualificação de mão de obra e priorizar a contratação de fornecedores gaúchos. A expectativa é que sejam gerados aproximadamente 12 mil empregos durante as obras.

Para Francisco Ruiz-Tagle, CEO do Grupo CMPC, a empresa tem como objetivo construir a maior planta de celulose do Brasil, promover a sustentabilidade e economia local. “Queremos implementar um projeto completamente inovador e pioneiro em tecnologias de produção amigáveis ao meio ambiente, em gestão de resíduos, controle da emissão de gases e uso racional de recursos. Tudo será desenvolvido com o máximo respeito à natureza e à população do município de Barra do Ribeiro. Seremos referência mundial em sustentabilidade”, comenta o executivo.

O novo projeto ainda está em fase preliminar para licenças e autorizações necessárias, assim que aprovados, a empresa divulgará a data prevista para início das obras.

Resultados da Planta Guaíba com a sua gestão de água

Através de várias ações lideradas por sua Comissão Interna de Uso da Água, a fábrica brasileira de celulose tem se destacado com seus resultados na redução do uso de água, eliminação de desperdícios, otimização de processos e implementação de novas ideias. Demonstrando o seu compromisso diário com a Estratégia CMPC 2030, que inclui a gestão do consumo de água entre suas metas, a Planta Guaíba tem trabalhado em diversas ações lideradas por sua Comissão Interna de Uso da Água, apresentando resultados notáveis, com o objetivo de buscar constantemente oportunidades para reduzir o uso de água, eliminar desperdícios, otimizar processos e implementar novas ideias.

De acordo com Djalma Ferreira Gusmão, Especialista de Meio Ambiente da Planta Guaíba, entre as ações realizadas, destacam-se as estratégias com o uso de ferramentas de qualidade Lean Six Sigma; a criação de um grupo focado no tema da água na unidade de Guaíba, que é a Comissão Interna de Uso da Água; além de estudos e projetos de engenharia para reduzir o consumo de água.

“Em busca de conscientização e adesão dos profissionais da CMPC à redução do uso de água, implementamos diversas atividades internas e com o uso da tecnologia; gerenciamos o consumo de água diariamente em nossas reuniões de gestão em níveis operacionais, de coordenação e gerência, mantendo um alinhamento constante com as equipes no DDMA (Diálogo Diário do Meio Ambiente) e por meio dos membros da Comissão Interna da Água e utilizamos a ferramenta PI VISION para a gestão online dos consumos setoriais, para análises e tomadas de decisões mais imediatas”, explicou Djalma.

Até o momento, os resultados alcançados, expressos em m³/adt economizados, mostram que a Planta Guaíba reduziu o uso de água na CMPC em comparação com o ano de 2022, que era de 29,4 m³/adt. Até setembro de 2023, o consumo acumulado foi de 28,05 m³/adt, resultando em uma economia de 1,35 m³/adt. Além disso, também estabeleceram um recorde de uso de água em julho de 2023, com um valor de 24,99 m³/adt, superando mais de 2,8 bilhões de litros de água economizados de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2022.

Principais atividades do projeto BioCMPC

O BioCMPC é um projeto que engloba 31 ações de melhorias em modernização e controle ambiental. As principais delas são:

– Desativação da caldeira de força movida à carvão

– Construção de um painel acústico

– Instalação de nariz eletrônico para monitorar odor

– Implementação de novo sistema de controle de odores na etapa de evaporação

– Criação do Centro de Controle Ambiental

– Realização de obra de ciclovia e pista de caminhada no entorno da unidade

– Construção de uma nova caldeira

Principais fornecedores:

Afry (antiga Poyry); Valmet; Demuth; Veolia e Siemens.


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