O Consórcio Inframérica preparou o plano de modernização do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. A última reforma ali ocorrida data de 1990. Mas, com o crescimento do País, ele acabou acanhado diante da demanda crescente e vem exigindo atualizações
O crescimento da economia brasileira e o consequente aumento da demanda; a visibilidade ocasionada por localizar-se no centro das decisões administrativas e políticas do País e, agora, as exigências em razão dos próximos eventos esportivos, em especial a Copa do Mundo, colocaram os aeroportos brasileiros, dentre eles o Aeroporto de Brasília, no primeiro plano das preocupações nacionais e internacionais. Afinal, a capital federal é uma das 12 cidades-sede dos jogos de 2014.
O Consórcio Inframérica, constituído pela Infravix, empresa do Grupo Engevix, e a Corporación América, que já tinha participado e vencido a licitação para a concessão do novo terminal aeroportuário de Natal, em São Gonçalo do Amarante – havia se preparado, sob todos os aspectos requeridos no edital, para realizar as obras de engenharia necessárias para modernizá-lo.
O engenheiro José Antunes Sobrinho, um dos sócios do Grupo Engevix, diz que uma ampla conjunção de fatores técnicos e econômicos foi analisada para que o consórcio viesse a participar da concorrência. A partir da experiência anterior – a licitação do aeroporto de Natal – foram criadas “as sinergias e alicerçada a confiança entre os grupos. Assim, resolvemos aprofundar aquela relação nas privatizações que viriam. E acabamos vencedores no leilão ocorrido em fevereiro”.
Com os estudos técnicos que realizaram, as empresas que formaram o consórcio observaram a extensão dos trabalhos que teriam de fazer. Na programação de obras que organizaram, verificaram que no período entre 2012 e 2014, as melhorias mais urgentes a serem implantadas incluíam as obras das pistas de taxiamento, estacionamento, reformas do terminal em funcionamento e a construção de 14 pontes de embarque. Além destas, outras etapas de melhorias seriam programadas para o período 2015-2017.
“Contudo”, diz Antunes Sobrinho, “aquelas obras não dispensarão a primeira ação, de caráter urgente, que será a construção do novo terminal de passageiros. Essas obras deverão proporcionar maior conforto ao usuário e acomodará a demanda que, segundo os nossos estudos, deverá crescer continuamente até o fim do nosso contrato.” O contrato terá 25 anos de vigência.
O empresário diz que, para realizar o conjunto daquelas ações, sob os mais cuidadosos critérios do ponto de vista da engenharia, levou-se em conta a necessidade do desenvolvimento da fase zero do projeto, que é emergencial e prevê investimentos da ordem de R$ 500 milhões no novo terminal Três.
“Aquela etapa, prevista para a Copa, será cumprida. E o consórcio fará todo o empenho para que o projeto esteja pronto no primeiro semestre de 2014. Teremos também a fase da transferência operacional do aeroporto, então da Infraero, para Consórcio Inframérica. Essa etapa começa logo no início do contrato e é fundamental para o bom andamento dos trabalhos previstos”.
Sobre a divisão de responsabilidades entre as empresas do consórcio, José Antunes Sobrinho explica: “Estamos juntos com a Corporación América, parceiro argentino que detém larga experiência em operação aeroportuária em vários países do mundo, sobretudo na América Latina. Nós, da Infravix, empresa do Grupo Engevix, vamos trazer aporte técnico, nossa experiência com projetos de engenharia, inclusive aeroportuários, para desenvolver as melhores aplicações de engenharia para uma operação eficiente do Aeroporto de Brasília”.
Ele salienta, ainda, que o consórcio vai contar com toda a expertise e conhecimento adquirido pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) ao longo desses anos todos à frente da gestão aeroportuária no Brasil. “Portanto, a soma dessas forças, aliada aos investimentos e às obras, terá um ganho substancial para o usuário, para a operação do aeroporto e para o desenvolvimento da infraestrutura nacional”.
O empresário esclarece que, além dos recursos que serão aplicados no que ele chama de fase zero do projeto (R$ 500 milhões na construção do terminal 3), haverá a disponibilidade de outros. Contudo, todos os investimentos que ali serão feitos, o serão na conformidade do que está estabelecido no edital.