Após 10 anos, um novo ciclo das comodities ganha força em 2021 no Brasil, mais uma vez impulsionado pela China e pelos EUA. No momento em que o Brasil ainda luta para superar a pandemia e reativar a economia, a forte demanda por commodities é uma ótima notícia, tanto para o setor de mineração quanto o de engenharia e construção. Além de aumentar o lucro das exportações, é um catalizador para que projetos do setor de mineração, engavetados nos anos de retração, saiam do papel e se transformem em realidade pelas mãos das empresas epecistas e de engenharia e construção.
A Sigdo Koppers Ingeniería e Construcción (SKIC) fez um cuidadoso mapeamento do mercado brasileiro de mineração em 2020, estudando os projetos que podem ser desenvolvidos nesse novo contexto, e concluiu que há potencial para, ao menos, 70 projetos de empresas mineradoras, que podem absorver investimentos de R$ 40 bilhões em ativos a serem construídos ou revitalizados. Apenas na área de cobre, o potencial é de R$ 5 bilhões em projetos.
No caso do cobre, o minério ganha valor como matéria-prima para a fabricação de baterias, cuja demanda cresce diante dos avanços na indústria de energias renováveis e carros elétricos, tornando-se insumo essencial para o movimento rumo a uma economia mais sustentável globalmente.
No Brasil, o impulso aos projetos de mineração demandará desde a contratação de serviços no modelo EPC até ações mais especializadas e complexas, como montagem industrial de grandes plantas, e o mercado vai requerer empresas que detenham essa expertise como a da SKIC, fator que nos traz bastante otimismo em relação às perspectivas de atuação neste e nos próximos anos.
*Robson Campos, CEO da Sigdo Koppers Ingeniería e Construcción (SKIC) Brasil