Obras na África atraem chineses

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A seguir, a 9ª edição da newsletter eletrônica ENR Global Insider OE, das revistas
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O EmpreiteiroConsórcio do Canal do Panamáreivindica adicional no contrato

Influência de terremoto no delta dos riosSão Joaquim e Sacramento é estudadapor norte-americanos

O consórcio construtor UPC, responsável pelas obras de expansão do Canal do Panamá, solicitou adicional de contrato no valor de US$ 573 milhões. O pedido foi feito à Autoridade do Canal do Panamá.
O adicional representa aumento de 18% no valor do contrato inicialmente acordado, que é de US$ 3,18 bilhões.
O Grupos Unidos por El Canal (ou Grupo UPC), consórcio responsável pela obra, composto das empresas Sacyr Vallehermoso (Espanha), Impregilo (Itália), Jan De Nul (Holanda) e Constructora Urbana (Panamá), alega “eventos imprevistos”.
A construção de uma nova passagem pelo Canal do Panamá permitirá que navios três vezes maiores do que hoje transitam pelo local façam a travessia de um oceano a outro.
O contrato envolve a construção de sofisticados sistemas de comportas, profundas escavações e eclusas de dimensões jamais construídas.
Existe cláusula no contrato que penaliza o consórcio UPC em US$ 300 mil por dia se ele não completar os trabalhos no prazo determinado.
O Grupo UPC venceu a licitação de ampliação do Canal do Panamá em 2009, oferecendo US$ 1 bilhão a menos pelas obras em relação ao proposto pelo consórcio que ficou em segundo lugar.
Inicialmente, fontes oficiais do Panamá previam a inauguração da ampliação do canal em agosto de 2014, ano do centenário da primeira travessia pela passagem artificial. Porém, no início desse ano, a Autoridade do Canal do Panamá informou atrasos nos trabalhos de concretagem nas estruturas das comportas.

Pesquisadores realizam teste sísmicona Baía de São Francisco

Cientistas vêm alertando há anos para as consequências de uma possível falha nos diques localizados no delta dos rios São Joaquim e Sacramento, na Califórnia, Estados Unidos, em caso de terremoto. Agora, engenheiros têm realizado testes para avaliar a performance deles durante tremores de terra.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia e da Network for Earthquake Engineering (Nees) estão conduzindo testes de tremor em diques na Ilha de Sherman, no delta do rios, para “melhor entender como o solo único do delta, composto dos restos de vegetação em decomposição que formam um camada escura e esponjosa no solo, responde a um evento sísmico”, de acordo com o Nees.
Os dois maiores rios da Califórnia se juntam em um único delta, onde a água do rio se encontra com o mar dentro da Baía de São Francisco, criando um largo estuário na costa norte-americana. Integrada por mais de 1.700 km de canais e dezenas de diques, a área é dispersa com ilhas interligadas por estreitas ruas e pontes. Pequenas comunidades, portos, fazendas, ranchos, indústrias, locais históricos e marinas compõem a região do delta.
O delta é também um reservatório de água doce vital para a região. Um aqueduto percorre centenas de quilômetros desde o delta, atendendo 30% das necessidades de água do sul da Califórnia, incluindo água potável para 23 milhões de pessoas e água para irrigação de fazendas do Vale Central do estado.
Especialistas e fontes oficiais, como o Departamento de Recursos da Água (DWR) da Califórnia, temem que uma falha nos diques devido a abalo sísmico possa provocar a rápida entrada de água do mar no trecho de água doce do delta, afetando a estação de bombeamento de água do aqueduto e ameaçando a região. Falhas de diques do delta já causaram pela menos 140 inundações nos últimos 160 anos, afirma o DWR, mas sem relação com terremotos na região.

Nova obra de hidrelétricana África começa em 2013

Tanzânia, Ruanda e Burundi, três países do leste africano, chegaram a um acordo para construção de uma hidrelétrica de 90 MW com um custo estimado de US$ 360 milhões. A obra deve começar no ano que vem.
A planta começará a operar em 2017 e significará um passo importante de integração do sistema de transmissão e distribuição de energia entre os três países.
A liderança do projeto é da Nile Equatorial Lakes (NELSAP), uma organização intergovernamental focada no desenvolvimento de projetos com a proposta de otimizar recursos das águas do rio Nilo.
Os recursos financeiros para a obra são provenientes dos três países, além do Banco Mundial, Banco de Desenvolvimento Africano e outros financiadores.
A usina hidrelétrica será construída na fronteira da Tanzânia com Ruanda, perto das Cataratas de Rusomo, localizadas no rio Kagera. O reservatório de água da hidrelétrica se localizará no lago Rweru, que se espalha pelos territórios de Burundi e Ruanda.
Três linhas de transmissão de 368 km ligarão a usina com os três países, de acordo com o projeto aprovado em fevereiro.
O projeto da hidrelétrica está em processo de licitação. A NELSAP espera anunciar o vencedor do contrato até o final desse ano.

Aeroportos africanos prontos para decolar

Projeto do novo aeroportode Cartum, no Sudão

O crescimento da economia e o incremento do turismo impulsionam a África para construção de aeroportos no continente. Há atualmente quatro projetos em andamento na região.
De acordo com estimativas do Airports Council International, o tráfego anual de passageiros na África alcançou no ano passado 135,5 milhões. Quando os aeroportos do Sudão, Ruanda, Quênia e Egito, atualmente em diferentes estágios de desenvolvimento, estiverem prontos, mais 36,8 milhões de passageiros/ano serão adicionados a este número.
Apesar das sanções das Nações Unidas por conta de conflitos, o Sudão continua indo adiante com o projeto de construção do novo aeroporto internacional de Cartum, a 22 km do centro da capital. O custo da obra é de US$ 1,2 bilhão e o terminal atenderá 7,5 milhões de passageiros/ano.
O Fundo do Kuwait para Desenvolvimento da Economia
Árabe e o Banco de Desenvolvimento Islâmico já destinaram, respectivamente, US$ 47 milhões e US$ 120 milhões para o projeto. Há outras instituições financiando a obra. A maioria dos financiadores estão envolvidos com empresas que exploram petróleo no Sudão.
O governo sudanês escolheu a firma alemã Dorsch Consult Airports para fazer a gestão do terminal. A construção do terminal aeroportuário está a cargo da China Harbour Engineering.
Em Ruanda, a 25 km da capital, Kigali, um outro aeroporto internacional estará sendo construído. O projeto está inicialmente orçado em US$ 400 milhões – embora estudos técnicos de consultoria internacional apontem um custo total de US$ 600 milhões. As obras estão previstas para começar no início do ano que vem.
O processo de licitação está em andamento e será no modelo de concessão por 25 anos, incluindo projeto, construção, financiamento, manutenção e operação.
Já no Quênia está em construção novo aeroporto internacional, avaliado em US$ 595 milhões, para atender 20 milhões de passageiros/ano. A licitação da obra foi ganha pela chinesa Anhui Construction Engineering Group. Mas o governo deve promover nova licitação por falhas nos procedimentos adotados pelos chineses para vencer o leilão.
Por fim, no Egito, o trabalho é de modernização do terminal 2 do Aeroporto Internacional do Cairo, que está com a operação paralisada desde 2010 para as obras. A empresa turca Limak Construction realiza a intervenção, que deve terminar somente em 2015.
As melhorias no terminal 2 irão aumentar o movimento de passageiros no aeroporto de 7,5 milhões/ano para 25 milhões/ano. Por ser um projeto anterior à queda do presidente Hosni Mubarak, o contrato teve que ser refeito. Com um custo de US$ 387 milhões, as obras estão previstas para começar até o final de 2012.

Projeto de terceiro aeroporto em Istambul

Com os dois aeroportos perto da capacidade máxima, Istambul trabalha na construção de outro aeroporto. O governo anunciou que o projeto do novo terminal aeroportuário, com o custo estimado de US$ 5,6 bilhões, entrará em processo de licitação em outubro. O edital elaborado para o aeroporto envolve construção e operação.
O aeroporto deverá estar pronto em 2015. Localizado perto do Mar Negro, o novo terminal terá capacidade para 90 milhões de passageiros/ano, mas poderá acomodar 150 milhões de passageiros/ano com as expansões previstas.
O governo propõe a construção de um terminal com 750 mil m². Também planeja a construção de três pistas suficientes para receber aviões de grande porte, como o Airbus 380. O aeroporto, depois de pronto, poderá ser o terceiro ou quarto maior do mundo, de acordo com fontes oficiais.
Atualmente, Istambul é servida pelos aeroportos de Atatürk e Sabiha Gokcen.

Construtoras trabalham parao maior projeto ferroviário da Europa

Grandes construtoras da Europa estão mobilizadas no projeto de 21 km de túnel de trem atravessando a cidade de Londres. Considerada hoje a maior iniciativa de infraestrutura em andamento na Europa, o projeto sobreviveu ao programa de austeridade implantado pelo governo inglês.

Parte do túnel da Crossrail, em Londres, já pronta

A espanhola Ferrovial Agroman e as inglesas Bam Nutall e Kier Construction estão executando a construção de 6,1 km de extensão do túnel do lado oeste da cidade. Já a espanhola Dragados, associada com a irlandesa John Sisk & Sons, possui um contrato para a construção de 11,9 km do túnel no lado leste.

A alemã Hochtief Construction e a inglesa J Murphy & Sons trabalham em 2,64 km de túnel no lado leste, incluindo a travessia debaixo do rio Tâmisa. A francesa Vinci Group tem contrato para melhorar 550 m de túnel da Era Vitoriana na área das docas de Londres.

Os contratos também preveem a construção de estações ao longo do percurso.

As TBMs, mais conhecidas aqui no Brasil como tatuzão, realizam as escavaçoes dos túneis, que deverão estar concluídos em 2018.

A previsão é que 200 milhões de pessoas/ano utilizem a linha quando estiver pronta, aumentando em 10% a capacidade de transporte de passageiros dos trens de Londres.
Somente para a elaboração e aprovação do projeto, segundo a Crossrail Ltd. (CRL), empresa da prefeitura responsável pela iniciativa, foram gastos US$ 600 milhões. O custo total do empreendimento é de US$ 32,7 bilhões.

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A ENR é uma publicação da McGrawHill, editora com mais de 100 anos de atividades e a principal no mundo com foco em Construção, Infraestrutura e Arquitetura. A revista O Empreiteiro é parceira editorial exclusiva da ENR no Brasil. Mais informações: www.enr.com

Fonte: Padrão


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