Onça Puma é uma planta da Vale, projetada para produzir 250 mil t/ano de ferroníquel, com 48 mil t de níquel contido, por meio da extração de 2,5 milhões t/ano de minério in natura. Com essas características, a instalação é considerada uma das maiores do mundo. O valor do investimento é de US$ 2,4 bilhões.
A Progen foi contratada para fazer a revisão e a consolidação dos projetos básico e detalhado, dar assistência a suprimentos, gerenciar a construção, a montagem e o comissionamento.
Embora a tecnologia utilizada, Rotary Kiln & Electric Furnace (RKEF), representasse baixo risco de insucesso do empreendimento em termos técnicos, houve desafios por conta da magnitude do investimento, dos problemas logísticos de implantação em área remota, da precária infraestrutura local e das diferenças culturais entre as empresas consorciadas (adaptação à forma brasileira de executar implantações similares, a “tropicalização” das soluções e os problemas de comunicação/língua).
Além disso, no decorrer dos cinco anos de implantação, o projeto atravessou adversidades diversas, como a crise econômica mundial do final de 2008.
O empreendimento, em suas fases iniciais (viabilidade técnica econômica, projeto básico), foi desenvolvido fora do Brasil. O projeto da Mineração Onça Puma (MOP), antes de ser adquirido pela Vale, pertencia a uma empresa canadense. A Progen, no desenvolvimento da revisão do projeto básico, teve de proceder diversas adequações nas especificações de materiais e dos equipamentos, visando alinhá-las à condição brasileira de atendimento.
Dentre as soluções adotadas destacam-se: a mobilização dos recursos humanos e materiais apropriados, a criatividade na busca de soluções no mercado fornecedor de serviços de construção e montagem e a agilização de processos administrativos internos e do cliente. Somente o fato de adotar soluções possíveis de ser atendidas pelo mercado brasileiro resultou em economias significativas de prazos e custos. Em alguns casos as especificações técnicas foram revisadas sem prejuízo de requisitos de performance e segurança, para se adequar à capacidade de atendimento dos fornecedores nacionais.
O prazo de implantação foi de fevereiro de 2006 a julho de 2011, com início da operação da 1ª linha de produção em dezembro de 2010, e da 2ª linha em julho de 2011.