País deixa de economizar R$ 1,4 trilhão por ano com a ineficiência da infraestrutura

Compartilhe esse conteúdo

Economista da LCA aponta ajuste fiscal e atuação mais técnica das agências reguladoras como saída para destravar a retomada dos investimentos privados

José Carlos Videira

A conjuntura negativa por que passa o Brasil, com queda importante da atividade econômica ao longo de 2015, é agravada por problemas estruturais significativos. Isso coloca o País num patamar competitivo muito baixo, em relação a outras nações em desenvolvimento, sobretudo por sua baixa qualidade da infraestrutura.
buy Tadalafil generic buy Tadalafil over the counter
A diretora de Regulação Econômica da LCA Consultores, Cláudia Viegas, lembra que o Brasil ficou em 75º lugar no Relatório Global de Competitividade 2015-2016 do Fórum Mundial, num conjunto de 140 países, perdendo 18 posições em relação ao levantamento anterior.

Mesmo com ligeira melhora no quesito Qualidade da Infraestrutura, a posição brasileira ainda é muito baixa, principalmente se comparada a de países como a vizinha Argentina e a Colômbia, ambas na América do Sul. O Brasil só se destaca no Relatório do Fórum Mundial quanto ao tamanho do mercado, ostentando a 7ª posição entre as nações participantes do ranking, lembra a economista da LCA.

A falta de infraestrutura adequada provoca entraves ao desenvolvimento econômico do Brasil, aponta Cláudia.

online pharmacy buy inderal with best prices today in the USA

Ela cita estudo da LCA que quantifica em R$ 1,4 trilhão o montante de recursos que o País deixa de economizar, em um ano, em função de ineficiências nos setores de logística, saneamento básico, mobilidade urbana, refino e produção de combustíveis e energia elétrica.

De acordo com as estimativas da LCA, esse volume de recursos, se aplicado na economia brasileira, resultaria, também ao longo de um ano, em R$ 2,86 trilhões em produção adicional (igual aos PIBs do Sudeste e do Centro-Oeste); 35,4 milhões de empregos diretos e indiretos (igual ao emprego formal das regiões Nordeste e Sudeste) e R$ 592 bilhões em massa salarial (igual ao PIB da região Nordeste).

 

“As ineficiências de infraestrutura geram um peso morto na economia com magnitude superior aos custos diretos atrelados a ela”, constata. Cláudia enfatiza que isso reduz o potencial competitivo e, consequentemente, “impede a rápida retomada do crescimento econômico”.

A economista frisa que, em períodos de crise, a implantação de políticas públicas que tenham como direcionador a melhora da competitividade do País se tornam ainda mais relevantes. E, segundo Cláudia, entre as ações mais urgentes do governo nesse sentido está o ajuste fiscal. “É um ponto relevante para a segurança jurídica, uma vez que a percepção de risco quanto ao cumprimento de contratos públicos afeta o ambiente de negócios”, justifica.


Para a economista da LCA, o papel das agências regulatórias também ganha destaque no processo de melhoria do ambiente de negócios. “É importante que as alterações regulatórias sejam transparentes e respaldadas em critérios técnicos, para que se tenha mais clareza na tomada de decisão”, explica.


Na opinião da economista, as agências podem ajudar a sinalizar o caminho da retomada, “porque não dá para esperar apenas o campo político”. No entanto, Cláudia observa que a atuação regulatória tem ido na contramão do que se espera, com potencial para aumentar as demandas jurídicas no Brasil.

“Nota-se incremento da complexidade do conjunto de normas existentes e consequente aumento de entraves burocráticos para o exercício das atividades”, frisa a economista. Segundo ela, sem a devida comprovação técnica da necessidade e dos ganhos para a sociedade.

online pharmacy buy amaryl with best prices today in the USA

“As agências existem para regular o mercado, com ou sem crise, mas não podem gerar entraves burocráticos”, frisa.

Cláudia ressalta a necessidade de se pensar no dia a dia das empresas, que precisam continuar suas atividades, independentemente de crise. A economista enfatiza que é necessário que haja uma forma de destravar investimentos. Para a economista, o que a crise provoca é a intolerância dos investidores com ineficiência.


“O recurso é finito e não há como acomodar ineficiência, mas é preciso seguir em frente, com ou sem crise”.

Cláudia Viegas: Não há como acomodar ineficiência

Fonte: Revista O Empreiteiro


Compartilhe esse conteúdo

Deixe um comentário