A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, apresentou nesta quinta-feira (20), no encerramento da Rio Oil & Gas no Riocentro (RJ), os fundamentos do Plano de Negócios e Gestão da Companhia, destacando a grande influência dos investimentos de US$236,5 bilhões, de 2012-2016 na ampliação da indústria naval e offshore do Brasil. Para as áreas de Exploração e Produção e Abastecimento, responsáveis pelo gerenciamento de atividades que utilizam unidades marítimas, estão destinados, no plano, US$107 bilhões, destacou Graça Foster.
Entre sondas de perfuração, plataformas de produção e navios, as encomendas à indústria naval somam 137 unidades, para a atividade prioritária de produção de petróleo, que deverá passar dos atuais 2 milhões para 4 milhões e 200 mil barris em 2020. O aumento da produção será acompanhado pela expansão das reservas que, além dos atuais 15,7 bilhões de barris equivalentes de petróleo e gás (boe) provados, conta com volumes potenciais de 15,8 bilhões de boe, totalizando 31,5 bilhões de boe.
O desempenho da Petrobras na atividade de E&P colocou o Brasil em posição ainda mais avançada em termos globais, destacou a presidente: "de 2005 a 2010, mais de 50% das descobertas do mundo foram em águas profundas, das quais 63% foram no país. Nos últimos oito anos a Petrobras notificou à ANP 252 descobertas, das quais 63 no pré-sal." Os resultados até o momento e as perspectivas de novas descobertas permitem prever que o Brasil, em 2030, deverá ser o país com maior crescimento de produção dentro os países não participantes da OPEP, segundo estudos da PFC Energy
Incentivo aos estaleiros
Graça Foster apresentou um mapa mostrando quase duas dezenas de estaleiros e canteiros de obras navais, em toda a costa brasileira, que mantêm relações industriais com a Petrobras. Entre as obras a serem construídas em estaleiros do país, até 2020, estão 38 plataformas de produção, 28 sondas de perfuração marítima, 49 navios-tanque e 568 embarcações de apoio."Esses estaleiros não podem atrasar na construção e integração dos módulos porque isso significa perda de produção. Só será possível atingir a curva de produção se os estaleiros cumprirem os prazos estabelecidos", enfatizou a presidente.
Na apresentação foram destacadas informações técnicas sobre os estaleiros existentes e em construção no Brasil e detalhadas algumas das obras navais da Petrobras como a construção no Estaleiro Rio Grande (RS) das oito plataformas para o pré-sal, todas com conteúdo local de 70% , e da P-55, com 65% de conteúdo local. " A P-55 é um projeto 100% Petrobras do qual temos muito orgulho. Em poucas semanas a plataforma já vai liberar o dique-seco do estaleiro Rio Grande e vai produzir o primeiro óleo em setembro de 2013."
Conteúdo local
A qualificação para a indústria naval e offshore foi outro aspecto detalhado pela presidente, com dados do Programa Nacional de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo (Prominp), que já qualificou 58.562 profissionais para o setor naval da indústria e tem previsão de qualificar mais 106.929 até 2020. "A mão de obra qualificada é um desafio mas também uma oportunidade. Temos um compromisso com a indústria nacional e a Petrobras quer cumprir seu papel", garantiu a presidente.
Fonte: Padrão