As obras de ampliação da Ferrovia Transnordestina ganharam custos maiores e prazos mais longos neste ano. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que controla a antiga malha do Nordeste desde 1988 e é responsável pelos planos de expansão, negociou com o governo mudanças no contrato de concessão.
A expectativa, agora, é que a obra somente seja concluída em 2016 – dois anos mais tarde que a previsão anterior e cinco anos depois da meta inicial. Há atrasos no trecho de 1,1 mil km que ligará Eliseu Martins, no Piauí, ao Porto de Suape, em Pernambuco. No total, a chamada Nova Transnordestina terá 1,7 mil km e ligará esses dois pontos ao Porto do Pecém, no Ceará.
Não foram apenas os prazos que mudaram. O valor da obra, que tem forte participação de fontes de financiamento estatais, também ficou bem maior – ela deverá custar pelo menos R$ 8 bilhões, bem acima dos R$ 4,5 bilhões orçados quando a construção teve início, em 2006.
A CSN acumula um endividamento de R$ 2,5 bilhões relacionado à expansão da ferrovia, segundo o banco Brasil Plural. A siderúrgica já opera uma malha de 4.238 km, que passa por sete dos nove estados do Nordeste: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
Hoje, a ferrovia já interconecta alguns dos portos mais importantes do Nordeste. Com a ampliação, a ideia é melhorar a ligação entre Pecém e Suape e facilitar o escoamento de produtos para o interior da região. Minérios, produtos siderúrgicos, grãos e alguns itens industrializados são as cargas mais importantes movimentadas pela Transnordestina.
Procurada pela reportagem, a companhia não quis se manifestar sobre a obra.
English Version
The jobs to expand the Transnordestina Railroad gained higher costs and longer deadlines this year. The Companhia Siderúrgica Nacional (National Steel Company) (CSN), which controls the old Northeast network since 1988 and is in charge of the expansion plans, has negotiated changes in the concession contract with the government.
The expectation now is that the job will be concluded only in 2016 – two years later than the previous forecast and five years later than the initial goal. There are delays in the 1.1 thousand km portion, which will connect Eliseu Martins, in the state of Piauí, to Porto de Suape, in the state of Pernambuco. The so-called Nova Transnordestina (New Transnortheastern) will have a total of 1.7 thousand km and will connect these two points to Porto do Pecém, in the state of Ceará.
It was not only the deadlines that changed. The price of the job, which has a strong participation of state financing sources, also increased a lot – it is supposed to cost at R$ 8 billion, well above the R$ 4.5 billion estimated at the beginning of the construction, in 2006. CSN has accumulated a debt of R$ 2.5 billion regarding the railroad expansion, according to bank Brasil Plural. The steel company already operates a network of 4,238 km, which crosses seven of the nine Northeastern states: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas and Sergipe.
Nowadays the railroad already interconnects some of the most important ports of the Northeast. The idea with the expansion is to improve the connection between Pecém and Suape and facilitate the outflow of products to the countryside of the area. Ores, steel products, cereals and some manufactured items are the most important loads operated by Transnordestina.
When contacted by the reporter, the company did not want to comment on the job.
Fonte: Revista O Empreiteiro
