A empresa, que acaba de colocar em operação a unidade de Gravataí (RS), com investimentos de R$ 15 milhões, pretende estar entre os dois maiores fornecedores no Brasil, se possível, em menos de cinco anos
Nildo Carlos Oliveira
Tudo, na Ammann Latin America, vem ocorrendo segundo o cronograma estabelecido há algum tempo pelo grupo suíço, que atua no Brasil desde 2010, e que é apontado como um dos líderes mundiais na produção de usinas de asfalto e de rolos compactadores.
No ano passado ele havia assinado com o governo gaúcho um protocolo de intenções para instalar a fábrica em Gravataí e seguiu rigorosamente o prazo fixado. Tanto é que, já no começo de janeiro último, a unidade se encontrava em operação. Gilvan Medeiros Pereira, CEO da empresa na América Latina, diz que a nova unidade possui área coberta de 5 mil m², complementada por 700 m² de área administrativa e áreas externas de estoque e outros serviços de apoio.
Ele informa que, tão logo a unidade entrou em funcionamento, foi iniciado ali um processo de treinamento de mão de obra, com o acompanhamento de um engenheiro da fábrica na Alemanha. O treinamento coincidiu com o prazo da montagem da primeira usina de asfalto da Ammann no Brasil, cuja entrega estava prevista para este mês (fevereiro).
O esforço da empresa, do ponto de vista de emprego de recursos na nova unidade, e da montagem de uma rede eficiente de distribuidores, insere-se na estratégia de colocá-la “entre os dois maiores fornecedores do segmento, até 2017.” Mas como a empresa pretende obter esse resultado?
Gilvan Pereira informa que a empresa está determinada a montar uma forte estrutura própria de suporte aos produtos, “em combinação com uma rede de representantes que tenha instalações e pessoal e assegure aos clientes serviços que respondam a dois requisitos essenciais: produtividade e qualidade.” E serão esses dois itens, segundo ele, que vão mostrar os diferenciais da Ammann em relação aos demais players.
“Adicionalmente, ainda considerando a estratégia a que nos referimos, estamos trazendo para o Brasil produtos que têm fortes diferenciais competitivos.” O executivo diz que a empresa já se posiciona de forma muito definida no mercado brasileiro no segmento de compactadores. “São aqueles projetados para trabalhar com solos da classe de 10 t, além dos compactadores de pneus e do tipo Tandem, para asfalto. Além disso, vamos disponibilizar vibroacabadoras de asfalto de todos os modelos da linha da empresa, desde máquinas para capear ciclovias, até pavimentadoras de grande porte”.
Ele diz que a empresa já vendeu três usinas de asfalto gravimétricas móveis, uma das quais se encontra em funcionamento em canteiro de obras no estado de São Paulo. Outras duas deverão chegar ao Brasil até fins de maio próximo.
A Ammann vem cuidando da montagem de uma completa rede de distribuidores e de assistência técnica. Gilvan Pereira afirma que atualmente todo o território brasileiro está coberto com distribuidores de primeira linha, como Kunzler Máquinas (RS, SC e PR), Comingersoll (SP, RJ, ES e MS), CHB (MG) e BMC (restante do País).
Recentemente, ao falar sobre a escolha do Rio Grande do Sul para instalar a primeira unidade da Ammann na América Latina, o vice-presidente do grupo, Elmar Egli, elogiou: “Escolhemos aquele estado brasileiro pela reciprocidade de confiança que encontramos nas pessoas”.