Projeto de usina fotovoltaica reduz 4,5% do consumo de energia

A operação no saneamento básico é uma atividade de intensivo consumo de energia elétrica, e a Sabesp tem diversas
iniciativas com o objetivo de aumentar sua eficiência na gestão de energia, dentre as quais os projetos de aproveitamento dos potenciais de geração.

Nesse contexto, a Sabesp estruturou e já está implantando o seu Programa de Geração Distribuída de Energia Fotovoltaica, que prevê investimentos de R$ 245 milhões no período de 2020 a 2024, financiados pelo BID Invest, para implantação de 30 usinas fotovoltaicas com potência de 1 MW a 4 MW cada, totalizando 60 MW, para atender 65% do
consumo em baixa tensão de toda a Sabesp, ou 4,5% de todo o consumo da companhia, trazendo uma economia em torno de R$ 55 milhões por ano.

Essas usinas estão sendo implantadas com o aproveitamento de grandes áreas disponíveis na Sabesp, principalmente
no entorno das estações de tratamento de esgoto (ETE) do tipo lagoa de estabilização, no centro oeste do Estado
de São Paulo. Para tanto, foram selecionadas as áreas mais adequadas em função da topografia, declividade preferencialmente norte, facilidade de conexão à rede, regularidade dominial etc.

Atualmente, já estão contratadas as implantações de 80% das usinas fotovoltaicas (UFVs) em diversos municípios
de São Paulo, como: Adamantina, Assis, Barão de Antonina, Cachoeira Paulista, Conchas, Crispim, Elias Fausto, Euclides da Cunha, Eugênio de Melo, Gastão Vidigal, Itapeva, Magda, Mirante do Paranapanema, Monte Alto, Monte Aprazível, Moreira Cesar, Nhandeara, Orindiuva, Paraguaçu Paulista, Pederneiras, Pilar do Sul, Presidente Prudente, Riolândia, Salto de Pirapora, São Manoel, Sarapuí, Suzano, Tremembé e Valentin Gentil.

A usina no entorno da ETE Orindiúva foi a primeira do programa a entrar em operação, o que ocorreu em janeiro de 2021. O modelo de contratação prevê a remuneração da contratada para sua implantação com verificação do desempenho, ou seja, parte do valor da remuneração depende da avaliação da eficiência da geração de energia da usina por um período de 3 anos após a sua implantação.

O programa se enquadra como minigeração distribuída (sistemas de geração de energia até 5 MW) na modalidade de autoconsumo remoto, em que a energia excedente gerada na planta da Sabesp é injetada na rede elétrica, gerando créditos (em kWh). Esses créditos são usados para compensar o consumo (em kWh) de outras unidades sob o mesmo CNPJ, atendidas pela distribuidora de energia.

A Geração Distribuída de Energia Fotovoltaica para autoconsumo remoto é uma iniciativa pioneira da Sabesp na área de saneamento, que possibilita a diversificação da matriz energética da companhia com energia limpa e renovável, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Autores: Gisele Alessandra Nunes da Cunha Abreu, Lucas Rafael Ferreira de Oliveira, Ricardo Polezi e Rodrigo Giacomini Arruda.

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