Projetos PPP recentes

Na Columbia Britanica, o projeto da Linha Evergreen concluiu sua engenharia financeira em janeiro de 2013. O consórcio EGRT, liderado pela SNC Lavalin, uma consultoria canadense, foi contratado por C$ 889 milhões para projetar, construir e financiar o projeto, que vai ligar as cidades de Burnaby, Port Mooody e Coquitiam com um veículo sobre trilho avançado, numa linha de 11 km, programado para entrar em serviço em 2016. O conjunto de obras inclui linhas elevadas e em nível, um túnel de 2 km, seis a oito estações novas, subestações de força, sistemas para controle dos trens, estacionamento e instalações de manutenção.

Outros projetos municipais na província priorizam tratamento de esgoto e geração de energia de resíduos, sinalizando a diversificação do mercado P3 no país, como a planta de processamento de biocombustível em Surrey, a ETE em Victoria e a planta de geração elétrica do lixo na Grande Vancouver.

Em Alberta, o projeto Northeast Anthony Henday Drive teve seu financiamento assinado em maio de 2012, destinado a construir um anel viário em torno de Edmonton. O consórcio formado pela Meridiam, ACS e Hochtief deverá entregar o projeto de C$ 1,8 bilhão em 2016. O complexo inclui 27 km de vias divididas em seis e oito faixas, novos entroncamentos, dois viadutos elevados, oito cruzamentos ferroviários e duas pontes sobre o rio North Saskatchewan, num total de 46 estruturas. A ACS da Espanha é controladora da Hochtief alemã.

Em Ontário, o projeto de VLT em Ottawa foi firmado em fevereiro de 2013. O grupo Rideau Transit foi escolhido para projetar, construir, financiar e manter o sistema, além da construção do alargamento da rodovia 417. São membros do consórcio ACS, EllisDon, SNC Lavalin, Dragados (outra empresa do grupo ACS) e Veolia Transportation. O projeto de C$ 2 bilhões é o primeiro VLT da capital e deve operar em 2018.

Outros projetos de transporte incluem VLTs de Eglington Crosstown, Waterloo, e de Scarboroough, a rodovia 407 Leste Fase 2, e instalações de manutenção ferroviária.

Em Quebec, a PPP do centro de detenção Sorel-Tracy foi adjudicado ao consórcio Horizon Justice Sorel-Tracy, formado pela Fiera Axium Infrastructure, Pomerleau, Verreault Construction e Johnson Controls. O complexo vai alojar 300 presos e está em fase final. Já existem outros centros de detenção na modalidade PPP em funcionamento no país.

Outros projetos em Quebec em fase de viabilidade, podendo ou não adotar o modelo P3, incluem linhas de VLT — uma delas liga o aeroporto de Montreal ao centro, e a substituição do entroncamento Turcot, envolvendo três rodovias em três níveis, próximo ao centro da cidade, com três consórcios pré-qualificados.

A província de Saskatchewan criou em 2002 a empresa SaskBuilds, para coordenar projetos de infraestrutura, com preferência para o formato P3. Estudos sobre um hospital, escolas e rodovias foram iniciados. Na capital Regina, uma ETE e um estádio estão sendo projetados como P3. Os estudos da ETE mostram que a modalidade vai economizar C$ 138 milhões se comparada a uma obra pública licitada nos moldes tradicionais.

O governo federal escolheu a modalidade PPP para a nova ponte de St. Lawrence, projetada para substituir a antiga ponte Champlain, em Montreal, que tem o tráfego mais intenso do país. A licitação teve início em 2014. O custo está na faixa de C$ 3 bilhões.

 

O modelo PPP é usado até para a construção de casa de detenção, como a de Sorel-Tracy, em Quebec

 

Nota da Redação – Este texto foi publicado em Privatization & PPP Review 2013/2014, pela Euromoney Yearbooks. Para mais informações, acesse www.euromoneyplc.com/yearbooks

Fonte: Revista O Empreiteiro

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