O relatório final da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre a prorrogação da Malha Sudeste, concedido à concessionária MRS, projeta cerca de R$ 16 bilhões de investimentos na infraestrutura ferroviária.
No chamado investimento de capital, o valor alcança R$ 2,1 bilhões, o que inclui obras de implantação de pátios de cruzamento, oficinas de manutenção, sistemas de sinalização, aquisição de equipamentos de via e material rodante.
Já o investimento corrente no relatório é de R$ 14,5 bilhões, que se refere aos gastos ao longo de mais 30 anos de concessão da MRS. O item estima investimentos no chamado sustaining, que
são recursos voltados às máquinas, equipamentos e sistemas destinados a manter a operação.
A ANTT tem realizado este ano audiências públicas nas áreas de influência do sistema ferroviário a fim de recolher subsídios para aprimorar os estudos para a prorrogação do prazo de vigência contratual. O trecho da MRS foi concedido em 1996, contando, atualmente, com 1.
683 km de extensão de linhas principais e ramais, nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O prazo de concessão está previsto de encerrar em 2026, mas a prorrogação levaria a administração da MRS do sistema até 2056.
O volume de demanda total alocado na ferrovia é projetado em 180 milhões de toneladas em 2020, chegando a 218 milhões de toneladas em 2045 e, por fim, atingindo o patamar de aproximadamente 226 milhões de toneladas no ano de 2056, distribuídos em produtos siderúrgicos, industrializados, agrícolas, contêineres e heavy haul.
Para o ano de 2020, tem-se estimativa de cerca de 39 milhões de toneladas, atingindo aproximadamente 73 milhões em 2056 para os volumes provenientes também de direito de passagem de outras concessionárias na malha da MRS.