REALIZAMOS mais em cinco anos do que nos 20 anteriores

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Carlos Maurício Lima de Paula Barros*

Aengenharia industrial realizou mais nos últimos cinco anos do que nos vinte anteriores. Depois de amargar décadas de crise, o setor vive um ciclo inédito de crescimento consistente. De 2005 a 2009 os negócios da área tiveram crescimento da ordem de 320%. O número de empregados no setor passou de 115 mil em 2002 para mais de 400 mil funcionários em 2010.

Estamos vivendo um período dinâmico, com novas demandas em tecnologia, formação de pessoal e investimentos. E, felizmente, o setor está conseguindo responder bem a todas as demandas, especialmente nas áreas de petróleo, mineração e siderurgia, as mais ativas neste momento.

A Abemi tem desempenhado papel fundamental nesse ciclo de desenvolvimento e foi responsável pela qualificação de mais de 80 mil profissionais, dentro do Plano Nacional de Qualificação Profissional, entre 2006 e 2010. Pensando no futuro, a associação vem construindo uma parceria com o Senai para trazer ao Brasil a metodologia de qualificação e certificação da mão de obra praticada nos Estados Unidos pelo National Center for Construction Education and Research (NCCER).

Com esse novo programa, a Abemi pretende fazer frente à falta de mão de obra, um dos mais importantes desafios que o Brasil enfrenta no momento. O objetivo é estimular a formação de profissionais multifunção e potencializar a produtividade da engenharia industrial brasileira de forma a permitir que o nosso profissional evolua, atingindo a mesma produtividade de categorias equivalentes em países desenvolvidos.

O equacionamento do problema da mão de obra é também um dos gargalos para que o país possa aproveitar o ciclo de crescimento e ampliar a presença do conteúdo nacional nos grandes projetos do pré-sal, energia elétrica e de infraestrutura. A entidade não tem dúvida sobre a capacidade da engenharia e da indústria nacional para atender às demandas de projetos, construção e fornecimento de equipamentos. Essa capacitação já foi demonstrada nos últimos anos, quando a Petrobras passou a exigir percentual mínimo de conteúdo nacional em suas instalações.

Hoje, graças à resposta positiva da engenharia industrial brasileira, o país já conta com índices de até 85% de nacionalização em refinarias de petróleo e de até 60% em plataformas de exploração de petróleo.

Participar desses investimentos é motivo de orgulho para a ABEMI e suas associadas. Nesse processo, as empresas adquirem experiência e se capacitam em novos projetos. Tudo isso as credencia para outros empreendimentos de peso no Brasil e, em um próximo passo, para o exterior.

*Carlos Maurício Lima de Paula de Barros é presidente da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi)

Fonte: Estadão


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