Rodovia venceu a serra do mar e o mangue

A construção da Anchieta (SP-150), integrante do sistema ao qual pertence à rodovia Imigrantes, hoje sob operação da concessionária Ecovias (mas construída muito antes, nos anos 1940), passando pelos municípios de São Paulo, São Bernardo, Cubatão e Santos, totalizam 55,9 km de estrada. Sua construção foi um marco para a engenharia na época, ao incorporar padrões técnicos modernos, como curvas com raio mínimo de 50 m, faixa entre cercas de 20 m, pista de 6 m e pavimento de concreto.

A primeira parte da rodovia, atual pista ascendente, foi entregue ao tráfego em 13 de março de 1947. Em julho de 1953, foi inaugurada a segunda pista da Anchieta e o trecho da Baixada, entre as cidades de Cubatão e Santos.

Um exército de operários enfrentou enormes dificuldades da serra e construiu a rodovia, em região de topografia difícil, constantes movimentos de maciços de solo, floresta densa, o maior índice pluviométrico do Brasil – chuva em até 265 dias por ano -, umidade relativa do ar acima de 80% e neblina constante.

Topografia difícil e alto índice pluviométrico

Para superar essas condições, sua construção empregou o que havia de mais avançado na época sob o ponto de vista tecnológico: ampliou o conhecimento sobre o emprego do concreto; construção de aterros no mangue da Baixada Santista, com uso de drenos verticais de areia; aperfeiçoamento das técnicas de construção de túneis; e uso da terraplanagem mecanizada no planalto para compactação de aterros.

Fonte: Revista O Empreiteiro

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