São Gonçalo de Amarante (RN) pode receber até A380

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Joás Ferreira

 

O novo Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante foi oficialmente concedido, em novembro de 2011, para o Consórcio Inframérica (composto pelos grupos Engevix e Corporation América da Argentina) e está sendo construído a 40 km de Natal (RN), devendo ocupar área total de 15 milhões m2.

 

 

A concessão foi vencida com um lance de R$ 170 milhões, mais de três vezes o preço mínimo exigido pelo governo, além do compromisso de investir outros R$ 650 milhões nos próximos três anos.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) espera que o novo aeroporto atenda a três milhões de passageiros em 2014 e a Inframérica prevê que o aeroporto terá, em 2024, capacidade para atender 6,2 milhões de passageiros. Segundo a concessionária, em 2038 a área construída do aeroporto chegará a 66 mil m2, e a capacidade será estendida para 11 milhões de passageiros.

 

 

Principais características do empreendimento

Sistema de pistas e pátio de estacionamento de aeronaves
• Pista de pouso e decolagem de 3.000 m x 60 m, primeira pista, no País, a ser projetada para o pouso de aeronave do tipo F (A380)
• Pátio de aeronaves com posições acopladas em oito pontes de embarque (fingers) de uso flexível, sendo seis posições de aeronaves tipo médio e grande (sendo quatro do tipo C – B737-800 e duas tipo E – B747-400) ou oito do tipo médio (C – B737-800). Ou ainda duas posições do tipo grande (uma F- A-380 e outra E-747-400).
• Em posições remotas para aeronaves de passageiros e carga, mais oito posições do tipo médio (tipo C – B737-800) e duas do tipo grande (tipo E – B747-400). Ou sete posições do tipo médio (tipo C – B737-800) e duas do tipo grande (tipo E – B747-400) quando houver um tipo F (A-380) acoplado.
• Para aeronaves da aviação geral, são previstas oito posições do tipo pequeno (tipo B).

 

 

Edifício terminal de passageiros

• O novo edifício do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante terá o formato linear centralizado, com a adoção de dois níveis operacionais e dois níveis de apoio, com 40 mil m² de área construída na primeira fase de implantação.
• A capacidade da primeira fase de implantação será de 6,2 milhões de passageiros/ano, atendendo à demanda prevista para o ano de 2024, com um investimento de aproximadamente R$ 400 milhões. Na segunda fase de implantação, a capacidade deverá ser ampliada para 11 milhões de passageiros/ano, demanda esperada para o ano de 2038, com uma previsão de investimento de aproximadamente R$ 250 milhões, totalizando os R$ 650 milhões de investimento previstos ao longo dos 28 anos de concessão.
• O térreo apresenta os fluxos de desembarque e o primeiro andar os fluxos de embarque, com separação das operações domésticas e operações internacionais.
• Os pisos intermediários apresentam escritórios, áreas técnicas e circulações verticais de acesso aos pavimentos operacionais.
• O terminal será dotado de 45 balcões de check-in convencionais mais dez quiosques de autoatendimento, para o embarque dos passageiros.
• No desembarque são previstas cinco esteiras de restituição de bagagens, sendo quatro dedicadas: três ao tráfego doméstico,uma internacional, e outra reversível (que será utilizada conforme a necessidade de desembarque dos passageiros).
• Incorporando os conceitos de flexibilidade e modulação, as obras para se adequar à evolução da demanda serão realizadas, sempre que necessárias, com o menor impacto sobre as instalações que já estarão em operação.
• As áreas operacionais foram projetadas de forma a permitir a reversibilidade parcial das áreas domésticas e internacionais, visando à eficiência no atendimento aos passageiros nos horários de pico.
•O terminal de passageiros possui um setor comercial que visa atender às necessidades dos passageiros e irá incluir lojas de artesanato da região, valorizando a produção local, praça de alimentação, cafés, bares, livrarias, quiosques e serviços de atendimento ao turista, agências, transporte etc.
• A cobertura metálica com estrutura independente do corpo do edifício proporciona a flexibilidade necessária para a expansão das atividades operacionais e sua modulação permite a otimização das atividades e instalação dos equipamentos (esteiras de distribuição de bagagens), balcões de atendimento, equipamentos de raios x etc.
• A cobertura independente proporcionará maior conforto térmico ao edifício, permitindo sua ventilação e proteção à insolação.
• O edifício do terminal adota materiais de revestimento regionais, tais como granitos de jazidas locais, de forma a refletir a cultura e linguagem locais deste portão de entrada regional e nacional.
• Os fechamentos serão predominantemente em vidro protegidos por extensões da cobertura em “brises”, de forma a proporcionar o sombreamento necessário à climatização no interior do edifício, sem perder a transparência das fachadas.
• O estacionamento de veículos será implantado em etapas de acordo com a evolução da demanda, com uma disponibilização inicial de 1.500 vagas em pátio protegido das intempéries através de passarelas e arborização.

 

Edifício terminal de cargas

• Trata-se de um edifício de estocagem e operações de importação e exportação composto de áreas de serviços e escritórios, com área de 2.8 mil m² e capacidade de processamento de 10 mil t/ano.
• A estrutura do conjunto será uma cobertura metálica de grande porte, para conformar um edifício flexível e expansível, conforme suas necessidades de funcionamento.
• Portanto, a estrutura foi desenhada para crescer de forma flexível nos diferentes setores, se a evolução da carga assim o requerer.
• O terminal será subdividido em três setores: área de importações, área de exportações e área de carga
doméstica.

Fonte: Padrão


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