Serra do Facão: Usina é estratégica para produtor de alumínio

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Audiências públicas geraram demandas
e compromissos que foram incorporados ao EIA

Ausina hidrelétrica Serra do Facão, com potência instalada de 210 MW, localizada na divisa de Goiás e Minas Gerais, entrou em operação comercial em julho. O empreendimento, sob a responsabilidade da Serra do Facão Energia (Sefac), empresa formada por Furnas, Alcoa, DME Energética e Camargo Corrêa Energia, levou cerca de três anos para ser construído, com investimentos de R$ 1,063 bilhão.

Para Eduardo Bueno Guimarães, diretor-presidente da Sefac, o começo dos trabalhos na formação da empresa aconteceu nos últimos meses de 2006. "Em menos de quatro anos, estamos colaborando com o setor elétrico brasileiro – em regime de testes, desde o início do julho – e muita gente já se beneficiou da nossa energia", afirma.

Durante a construção, o empreendimento chegou a gerar 4.800 empregos, 1.600 diretos e 3.200 indiretos.A energia produzida pela Serra do Facão será incorporada ao Sistema Interligado Nacional, distribuída para todo o território nacional e utilizada pelos consorciados, se necessário.

"A fonte de energia mais competitiva utilizada pela Alcoa ainda é a hidrelétrica e acreditamos que é possível construir usinas com responsabilidade ambiental", diz Franklin Feder, presidente da Alcoa América Latina e Caribe. Além da usina Serra do Facão, a empresa participa de consórcios nas hidrelétricas de Barra Grande e Machadinho, no Sul do Brasil, e também na de Estreito, em construção, na divisa do Tocantins e Maranhão.

"A energia é fundamental na produção de alumínio, pois possibilita a transformação da alumina em metal. A participação da Alcoa neste consórcio foi importante para buscarmos a autossuficiência em nossas operações", conta Ricardo Sayão, diretor de Energia da Alcoa.

Em paralelo aos trabalhos realizados no canteiro de obras da Serra do Facão, também foram executados outros serviços, como a aquisição de propriedades, relocação de 400 famílias e da infraestrutura na área do reservatório da usina, como a construção e elevação de pontes e relocação de linhas de transmissão e de estradas, além de diversos projetos ambientais.

O projeto Serra do Facão foi apresentado e debatido em diversas audiências públicas, realizadas em todas as comunidades nos municípios da área de abrangência. Como resultado, essas audiências apontaram um conjunto de melhorias e compromissos que foram incorporados ao EIA, possibilitando a obtenção da licença prévia em abril de 2002. O reservatório da usina hidrelétrica Serra do Facão possui área com 227 km2 e abrange áreas de cinco municípios goianos (Catalão, Campo Alegre de Goiás, Cristalina, Davinópolis e Ipameri) e um de Minas Gerais (Paracatu).

Em setembro de 2006, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) renovou a licença de instalação, permitindo a construção da usina. Em novembro do ano passado, o órgão concedeu a licença de operação, possibilitando o início do funcionamento e a geração de energia. A concessão de uso para a exploração da usina foi adquirida por meio de leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em julho de 2002, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.

Dados do empreendimento

Localização

rio São Marcos, sub-bacia do rio Paranaíba, bacia do rio Paraná

Distância da foz do rio Paranaíba

55 km

Municípios da margem direita

Catalão, Campo Alegre de Goiás, Ipameri e Cristalina, todos no estado de Goiás

Municípios da margem esquerda

Davinópolis e Catalão, ambos em Goiás, e Paracatu, em Minas Gerais

Início das obras

15 de fevereiro de 2007

Reservatório

Extensão

60 km, em linha reta

Perímetro

1.357 km

Volume do reservatório

5,277 bilhões de m3

Profundidade média

24 m

Período de enchimento

1 ano

N. A. de montante

756 m

N. A. de jusante

675,81 m

Áreas inundadas

218,84 km2

Vida útil

100 anos

Barragem

Tipo de estrutura e material

concreto compactado a rolo e enrocamento com núcleo de argila

Comprimento total da crista

600 m

Altura máxima

87 m

Sistema extravasor

Tipo

vertedouro de superfície

Vazão do projeto

2.684 m3/s

Número de vãos

2

Comportas

tipo segmento

Largura das comportas

11,20 m

Altura das comportas

15 m

Sistema adutor

Tomada de água

tipo gravidade por condutos forçados

Comportas vagão

Largura das comportas

5,5 m

Altura das comportas

6,5 m

Energia

Potência da usina

210 MW

Energia firme

182,4 MW médios

Queda bruta máxima

81,93 m

Fonte: Estadão


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