Sistema de fôrmas autoportante executa vão em balanços sucessivos

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Dois conjuntos executaram 13 aduelas cada um, variando de 3 a 6 m, e pesando até 120 t

Augusto Diniz – Guarulhos (SP)

 

Uma ponte em balanço sucessivo usou para a execução do vão central conjunto de estruturas metálicas capaz de dar mais rapidez e economia de construção, sem a utilização de escoramentos apoiados em elementos elevados ou sobre solo sem condições de apoio. A solução pertence à SH.

 

O trabalho da empresa se desenvolveu em obra de ponte sobre o rio Tietê, que dará acesso ao Aeroporto de Guarulhos (SP). A nova estrutura fica ao lado de ponte já existente na rodovia Ayrton Senna, na altura do km 18, mas ela será usada exclusivamente para acessar a via que leva ao mais movimentado terminal aeroviário do País.

 

A obra, a ser entregue até o final do ano, está sendo conduzida pela construtora CSO para a Ecopistas, concessionária da rodovia – o projeto foi previsto no contrato de concessão.

 

No total, a obra de arte possui cerca de 250 m de extensão e o trecho do vão central, 101 m. O engenheiro civil responsável pela obra da SH, Marcelo Fujihara, conta que para a construção do vão central foi instalada de cada lado uma estrutura metálica para execução do balanço sucessivo.

 

Cada estrutura possui em seu conjunto fôrmas, treliças e perfis. Elas são responsáveis pela execução em concreto protendido in loco das aduelas da ponte.

 

Marcelo Fujihara: Essencial respeitar sequência de desmontagem da estrutura
 

Nessa ponte sobre o rio Tietê foram instaladas no total 26 aduelas, com comprimento entre 3 m e 6 m e peso máximo de 120 t. Cada equipamento executou 13 aduelas, a partir do bloco do pilar (um em cada margem do rio), até se encontrarem no centro da estrutura – uma aduela de 2 m uniu os dois lados.

 

Alívio de tensão

O ciclo de concretagem de cada aduela durou em média quatro dias. Foram no total cinco meses de trabalho da SH na obra.

 

Marcelo conta que o início do uso da estrutura metálica para execução das aduelas é um momento importante para treinar o pessoal responsável pela obra. “É que no instante de desformar o concreto ocorre um alívio de tensão. Assim, tem que se respeitar uma sequência de desmontagem, antes de avançar com o equipamento para execução de uma nova aduela. É preciso realizar esse procedimento até o fim”, relata.

 

Após a finalização das aduelas do vão central, é necessário também ter atenção para desmontagem do equipamento. “Cada um pesa 40 t. Tem que trazê-lo de volta de onde eles partiram, próximos aos blocos do pilar, cuidadosamente. Não se pode simplesmente desmontá-lo, para não afetar a estrutura de concreto. E é preciso que sejam levados os dois equipamentos ao mesmo tempo, do centro para os extremos”, explica. Segundo ele, no retorno, os equipamentos são usados para dar acabamento à estrutura de concreto.

 

Estrutura composta de fôrma e carro de avanço pesa cerca de 40 t
 

Marcelo Fujihara afirma que a questão de manter o nivelamento da ponte é fundamental e, por isso, é preciso atenção nos processos de desmoldagem e desmontagem dos equipamentos que fizeram a concretagem. “A estrutura já trabalha para corrigir isso, mas é preciso ter cuidados adicionais”, diz.

 

Na ponte da rodovia Ayrton Senna foram usadas também fôrmas, andaimes e escoramentos da SH para execução dos blocos de fundação, pilares e contrabalanço da ponte. No trecho de contrabalanço e nas aduelas de disparo, foram utilizados Torre LTT, Torre LTT Extra, Modex, Perfil AL e Fôrma Concreform. Já no trecho de balanço sucessivo foram usados o Carro de Avanço BS e a Fôrma Multiform.

Fonte: Revista O Empreiteiro


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