O cabo submarino de fibra óptica que ligará a capital angolana Luanda à Fortaleza (CE) terminou importante fase. AAngola Cables, que desenvolve o projeto SACS (South Atlantic Cable System), afirma queconcluiu recentemente a etapa de survey do empreendimento, quando é realizado o mapeamento do trajeto e solo onde o cabo será instalado em alto mar.
Ao todo, o processo do survey durou cerca de quase dois meses e exigiu a participação de 50 técnicos a bordo de um navio especializado em fazer o escaneamento do solo marítimo. “Essa é uma das fases mais importantes porque a informação resultante desse estudo irá permitir que o fornecedor [a japonesa NEC] acabe de fabricar o cabo com o revestimento mais apropriado, de acordo com as características do terreno”, afirma Clementino Fernando, técnico da Angola Cables.
Ainda segundo o especialista, as informações também ajudarão na escolha dos repetidores de sinal do cabo, assim como na definição da potência de cada um deles. Com extensão superior a 6.200 km, o SACS será o primeiro cabo de fibra óptica que ligará a África às Américas via o Atlântico Sul. O cabo deve entrar em operação ano que vem.
“Os três empreendimentos da Angola Cables no Brasil estão avançando de forma consistente. O cabo submarino Monet, por exemplo, já foi todo instalado e colocado no mar, sendo que neste momento estamos trabalhando nas conclusões das estações do projeto em Santos (SP) e Miami, nos Estados Unidos”, disse António Nunes, CEO mundial da Angola Cables durante o Fórum Futuro, realizado este mês (fevereiro) em Angola.
Além disso, a companhia fará a construção de um data center, na praia do Futuro, em Fortaleza. Ao todo, os três empreendimentos estão orçados em US$ 300 milhões, sendo que no Monet, a empresa conta também com as participações do Google, Algar Telecom e Antel.
Fonte: Redação OE