A principal interessada seria a empresa farmacêutica EMS, que tem tentado diversificar suas atividades. Em outubro do ano passado, ela participou do leilão de rodovias do Estado de São Paulo, por meio do consórcio Cegens.
O grupo disputou a licitação da Rodovia Rondon Oeste, vencida pela BRVias, da família Constantino.
As duas empresas negam qualquer tipo de negociação, mas fontes do mercado garantem que as conversas avançaram nas últimas semanas. O preço da venda seria em torno de R$ 300 milhões.
Descontando as dívidas da concessionária, o desembolso cairia para algo próximo de R$ 200 milhões. A receita líquida da Concepa em 2008 foi de R$ 107 milhões.
Segundo fontes, a EMS poderia se associar a outras empresas para adquirir o capital da concessionária, até mesmo com algumas companhias que integraram o consórcio Cegens – formado especialmente por empresas de construção.
Até sexta-feira passada, duas companhias haviam apresentado propostas para o negócio.
A venda da concessionária tem como objetivo reforçar o caixa da TPI, que recentemente foi desqualificada da licitação da Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto por não conseguir entregar o seguro garantia dentro do prazo estabelecido pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp). O trecho das duas estradas foi leiloado em outubro do ano passado junto com outros quatro lotes.
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Apesar do descumprimento da regra, a TPI ainda espera conseguir reverter a decisão, anunciada no dia 22 de abril. Nas últimas semanas, ela entrou com recurso administrativo na Artesp para recuperar a concessão. A decisão deve sair na próxima semana, com risco de parar na Justiça caso a resposta da agência seja negativa.
O fechamento da venda da Concepa, segundo fontes, também aguarda a decisão da Artesp. Isso porque, em caso de resposta negativa, a agência pode executar a garantia dada pela empresa para participar do leilão, no valor de R$ 61 milhões, afirmam especialistas do setor.
Nos recursos apresentados pela TPI, ela argumenta que as condições adversas do cenário mundial contribuíram de forma significativa para a não obtenção das garantias. A dificuldade criou até um certo mal-estar entre a empresa e a seguradora Cescebrasil.
Argumentos
Em documentos obtidos pelo Estado, a seguradora afirma à TPI que não teve condição legal para emissão do seguro, já que nenhuma das 20 companhias consultadas aceitaram fazer o resseguro da apólice. “Além da grave crise atravessada pelo mercado, a situação financeira da TPI constitui fator agravante na avaliação do risco das resseguradoras”, disse a Cescebrasil, em relatório preparado pela Schalch Sociedade de Advogados.
Conforme o documento, empresas como JMaluceli, Zurich Brasil, Hannover Re e Munich Re, entre outras, responderam que não poderiam fazer o resseguro por causa da situação financeira da TPI. “Os números da empresa são incompatíveis com esse projeto”, afirmou a Munich Re.
Fonte: Estadão