A Transpetro investirá R$ 21 milhões para a modernização e ampliação do Terminal Aquaviário de Suape em 2007. Os recursos serão aplicados no aumento da capacidade de tancagem de derivados claros (gasolina e álcool) e de fornecimento de combustível para navios – este último com a construção de uma nova linha até o cais. Novos dutos serão instalados no píer PGL-2, que receberão braços de carregamento e dispositivos de desengate rápido. Obras também serão realizadas nas instalações operacionais do terminal, como o sistema de combate a incêndio, supervisão e controle das operações e a estação de medição de combustíveis. De acordo com o gerente do terminal, Francisco Marques, os investimentos visam a atender às necessidades crescentes do Sistema Petrobras. “A Transpetro tem na sua visão ser uma empresa de atuação internacional, líder em transporte multimodal na América Latina e reconhecida pela holding e demais clientes como parceira preferencial”, afirma. Localizado no complexo portuário de Suape, em Ipojuca, a 41 km do Recife (PE), o Terminal Aquaviário é estratégico para a região que engloba Pernambuco e vai até a Paraíba e Alagoas. Em 2005, foram arrecadados pelo Estado R$ 800 milhões em impostos diretos, e R$ 1,12 milhão em 2004. No terminal, são realizadas operações de carga e descarga de navios que transportam petróleo, derivados e álcool. Entre as atividades estão o armazenamento e entrega de derivados para companhias distribuidoras por meio de operações com caminhões, vagões-tanque, navios e dutos; descarregamento e carregamento ferroviário e rodoviário de derivados de petróleo e álcool; abastecimento de navios e barcaças; e operações de transbordo entre navios. A Petrobras é seu principal cliente, mas, em menor escala, serviços são prestados para as companhias distribuidoras de Pernambuco. Marques explica que a opção da Petrobras em instalar um terminal em Suape deu-se por três motivos. A integração porto-indústria que atrai a instalação de novas fábricas, aumentando assim o crescimento das operações do terminal; o maior calado, de 14,5 m, permitindo a operação de navios de produtos claros de grande porte, com até 170 mil TPB (toneladas de porte bruto), reduzindo custos com o transporte marítimo em face da otimização da escala de fretes, além das condições operacionais oferecidas pelo porto. Das vantagens, o gerente destaca ainda a infra-estrutura interna do complexo portuário; a operação de navios sem restrições de horários e maré; a disponibilidade do sistema de monitoramento de atracação de navios, que possibilita maior segurança operacional, e os píeres para graneis líqüidos – PGL-1 e PGL-2. Outro ponto é a localização privilegiada do complexo, que se situa próximo ao extremo ocidente da costa brasileira, a cerca de 25 milhas ao sul do Recife. O terminal da Transpetro no Suape tem uma movimentação anual média de 4,2 milhões m³ e opera cerca de 230 navios por ano. Possui uma capacidade de estocagem de 145 mil m³ de derivados, petroquímicos, álcool e biodiesel, incluindo o navio cisterna (navio para transporte de produtos químicos, em depósitos segregados, com condutos igualmente separados, evitando a contaminação) de gás liqüefeito de petróleo (GLP), em uma área de 226,8 mil m², a 2 km dos píeres de graneis líqüidos do porto. Pelo quarto ano seguido, o terminal manteve a certificação nas normas internacionais ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001, emitidas pelo Bureau Veritas Quality Internacional (BVQI), referente ao sistema de Gestão Integrada de qualidades, saúde, segurança e meio ambiente, além do certificado internacional ISPS-CODE (Código Internacional para a Proteção de Navios e Instalações Portuárias).
Fonte: Estadão