Tratamento de fundações recupera barragem

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A Fundsolo está realizando seu primeiro projeto internacional junto à Camargo Corrêa. Trata-se da obra de reabilitação da represa de El Guapo-Fase II, iniciada em agosto de 2007, no estado de Miranda, na Venezuela.

Nesse projeto, a Fundsolo está executando serviços de cortina de injeção para impermeabilização, perfuração para instrumentação e drenagem, sondagens rotativas e chumbadores. Para isso mobilizou oito equipamentos capacitados para as diversas metodologias executivas, tipos de terreno e que permitam acesso a locais confinados e com limitações de pé direito.

Devido à topografia do local, foi especificado o sistema de perfuração rotativo para evitar instabilizações ocasionadas pelo sistema rotopercussivo. Em algumas situações, como no caso de perfurações com até 80 m de profundidade, onde existe grande ocorrência de cascalho, utilizado na confecção da barragem de terra, foi necessária a utilização do processo de telescopagem com redução de diâmetros de revestimentos de 8” para 6”, 5”, posteriormente Hw e finalmente Nw para a instalação das intrumentações.

Cortina de injeção

A campanha da cortina de injeção de consolidação iniciou-se na ombreira direita e no plinto (lado montante) da barragem em CCR.

Os furos feitos no plinto da barragem têm 30º de inclinação com o rumo a jusante da barragem e 15 m de profundidade, para posteriormente se cruzarem com os furos da cortina de injeção de dentro da galeria que possuem a inclinação contrária. Neste trecho trabalharam cinco sondas rotativas hidráulicas perfazendo um total de 1.304 m lineares de perfuração e consumindo 565 sacos de cimento em forma de calda, no traço 1:1 em peso.

A metodologia de injeção de calda de cimento é a GIN (Grouting Intensity Number), norma executiva adotada pela fiscalização.

Segundo o presidente da Fundsolo, Marcio dos Santos, o cronograma de execução dos serviços acabou ficando reduzido, devido às dificuldades encontradas, como acessos com alta declividade e instabilidade, perfuração em locais confinados e com limitações de pé direito e perfuração dos tipos litológicos. Apesar dessas dificuldades a Fundsolo antecipou o cronograma.

Em seguida foram executados os mesmos serviços dentro da galeria da barragem em CCR, com dimensões de 3,80m de altura e 3 m de largura. As grandes dificuldades encontradas foram os espaços confinados e o desnível entre cotas, incluindo uma extensa escadaria íngreme, onde ocorreram grandes problemas na locação dos equipamentos e na sua execução.
Foram perfurados, no sistema rotativo, 1.339 m lineares de perfuração rotativa e injeção de 690 sacos de cimento gastos durante a execução dos serviços dentro da galeria.

À medida que a perfuração e a injeção de calda de cimento prosseguiam, uma outra equipe seguia executando os furos para drenagens descendentes até penetrar 2,00 m na rocha.

Drenagem, instrumentação e chumbadores

Como a geologia da região da obra é composta predominantemente pela “arenisca” (arenito calcário) e pela “lutita” (argilito/siltito), que constituem materiais rochosos muito abrasivos, houve um excessivo desgaste de materiais diamantados utilizados para sua perfuração.

No início de janeiro de 2008, a Fundsolo executava perfurações de drenagens e de instrumentação de cima da barragem e também a cortina de injeção na ombreira esquerda.

Fonte: Estadão


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