Três dias atolado no meio da selva

Compartilhe esse conteúdo

João Santos Mesquita, motorista profissional, percorre a estrada Rio Branco-Cruzeiro do Sul há 15 anos, desde a época em que era um lamaçal só. Ele lembra que trafegava de carro somente depois que as máquinas passavam para reabrir a estrada durante o verão amazônico.
João levava um dia e meio de Rio Branco a Cruzeiro do Sul, com um galão adicional com 50 l de gasolina porque não havia posto de gasolina na estrada.
“Era uma mata muito fechada, de dar medo”, cita. Certa vez, ele ficou atolado com seu jipe 4×4, uma Toyota Bandeirantes, a única que conseguia trafegar na região, entre Feijó e Manoel Urbano, que sempre foi considerado o pior trecho da rodovia.
Em busca de ajuda, percorreu 5 km até encontrar uma casa à beira da precária estrada para pedir auxílio. Por três dias ele ficou atolado. Chovia torrencialmente. Durante dois dias, João ficou aguardando ajuda, que não aparecia. Para passar a noite, voltava à casa do colono, a quem solicitou auxílio para dormir e comer. Até que no terceiro dia duas outras 4×4 apareceram e tiraram seu veículo do atoleiro.
Família preocupada com o sumiço do João? Que nada. É que todos sabiam que quando chovia, o risco de ficar na estrada era altíssimo.
Neste primeiro ano em que a rodovia foi aberta durante o período das chuvas, João já dirigiu por ela duas vezes. De acordo com ele, a “buraqueira” aumentou em relação à primeira vez em que nela passou. Conta também que viu crescimento de casas e comércio ao longo do trajeto.

Fonte: Padrão


Compartilhe esse conteúdo

Deixe um comentário