Antes do início da construção de Belo Monte, três momentos registrados por meio de imagens que rodaram o mundo marcaram o projeto. O primeiro se deu em 1989, no 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em Altamira (PA), organizado pelos Kaiapó.
Discutiam-se os projetos do governo na Amazônia. A imprensa nacional e internacional cobria maciçamente o encontro, com a presença de várias lideranças indígenas e autoridades públicas, além do cantor Sting. Na fala do presidente da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes, sobre a construção da usina Kararaô, hoje chamada de Belo Monte, uma índia encostou a lâmina de um facão no rosto do executivo da estatal como sinal de contrariedade. A imagem ganhou o mundo.
Em 2008, nova cena marcante. Em uma comunidade indígena, o engenheiro da Eletrobrás, Paulo Fernando Rezende, foi apresentar os impactos da usina. Após falar no encontro, ele foi cercado e atingido por golpes de facão. A cena registrada também ganhou notoriedade internacional.
Em 2011, outra imagem forte: as primeiras máquinas chegam de balsa pelo rio Xingu ao porto de Vitória do Xingu, para o início das obras da usina de Belo Monte. A cena sinalizou ao mundo que o projeto era irreversível.
Fonte: Revista O Empreiteiro