TSA inaugura nova fábrica de tubos de aço no Espírito Santo

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A grande demanda por tubos para a condução dos mais diversos fluídos foi determinante para que a Tubos Soldados Atlântico Ltda. (TSA), empresa fabricante de tubos de aço helicoidais, inaugurasse, em março deste ano, sua unidade no Pólo Industrial de Piracema, no município de Serra, no Espírito Santo. A TSA é uma joint venture formada entre as empresas Europipe (70%), V&M do Brasil (21%) e Interoil (9%). A nova unidade, que demandou investimentos de R$ 160 milhões, atenderá aos segmentos petrolífero e de saneamento, bem como em substituição a elementos estruturais convencionais (fundações de cais de portos – pilings, pontes e construções tubulares de aço em geral). A previsão é que a TSA fabrique 90 mil t/ano e que, no prazo de um ano e meio, possa atingir a plena capacidade de produção e ocupação de sua fábrica atual. A empresa passou a operar com duas linhas de produção – uma de fabricação de tubos de aços helicoidais de grande diâmetro, soldados pelo processo a arco submerso, e uma linha de revestimentos internos e externos de tubos, aplicando como revestimento epóxi, FBE e polietileno/polipropileno por meio da tecnologia de tripla camada. “A parte mecânica dos equipamentos que compõem as duas linhas de fabricação foi importada da Alemanha. Foram incorporados novos sistemas elétricos e eletrônicos e os de comando, bem como todas as instalações auxiliares”, informa Paulo Ferreira Alencar, diretor-presidente da empresa. Com um terreno de 171 mil m², área construída de 22 mil m² e dois galpões de produção de 19.500 m², a nova unidade conta ainda com portarias de pedestres e cargas, abrigo de caminhoneiros, vestiários, prédio da administração, refeitório, laboratórios, galpão de serviços (oficina de manutenção elétrica e mecânica), almoxarifados e sub-estação de 138 KW. Pesou na escolha do Espírito Santo como local para a instalação da nova fábrica, a infra-estrutura logística do Estado, favorável ao transporte rodoviário, ferroviário e marítimo. Para Paulo Ferreira Alencar, essa conjunção otimiza a movimentação de matérias-primas e produtos acabados, incluindo um parque industrial desenvolvido e capacitado para dar suporte a uma indústria metalúrgica, como é o caso da TSA. “A empresa firmou convênio com o governo capixaba e está participando do Programa de Incentivos Fiscais ao Investimento no Estado (Investe-ES). Além disso, a TSA está próxima do seu fornecedor de bobina, principal matéria-prima utilizada na fabricação dos tubos de aço helicoidais”, diz. A empresa planeja ampliar sua planta industrial acompanhando o crescimento do mercado e já iniciou outros investimentos no Espírito Santo, firmando opção de compra, com o Pólo Industrial Piracema, para aquisição de mais de 112 mil m² de área.

SISTEMAS

As obras da nova unidade da TSA tiveram duração total de 18 meses. Os sistemas construtivos adotados para as principais fundações foram estacas hélice e sapatas, estruturas em pré-moldados, fechamentos laterais em alvenaria e painéis metálicos, cobertura dos galpões de produção em estrutura tubular e pisos em concreto com fibras e aço (Dramix). “A escolha desses sistemas deu-se em função das características do terreno e das solicitações do projeto. Mas, o nosso maior desafio, do ponto de vista da arquitetura, foi combinar a estrutura em pré-moldados e a cobertura tubular das construções industriais com os demais prédios auxiliares, formando um conjunto harmônico”, afirma Alencar. Já do ponto de vista de engenharia, ele destaca a execução das fundações para suportar as elevadas cargas e solicitações dinâmicas. Para a construção, a Construtora Camargo Corrêa, responsável pelos trabalhos, utilizou estacas hélice contínua, com profundidades médias de 22 m a 25 m e diâmetro de 60 cm, no prédio da fábrica de tubos, e diâmetro de 50 cm no prédio de revestimentos. Segundo a engenheira de Planejamento da empresa, Márcia Gama, a estrutura pré-moldada foi fabricada na própria obra, com pilares pré-moldados de 0,45 x 0,85 x 11,20 m e 0,45 x 0,95 x 11,20 m e vigas pré-moldadas de 1,20 x 0,40 m, com comprimentos variando de 5,8; 7; 12 e 24 m, sendo a maioria com o comprimento de 12 m. O transporte interno da estrutura pré-moldada ao local de montagem na obra foi realizado por carreta e a execução da montagem através de guindaste. Os painéis metálicos adotados nos fechamentos laterais foram formados por telhas trapezoidais, com pintura na face externa, com espessura de 0,50 mm e altura do trapézio de 40 mm. A fábrica da TSA recebeu cobertura metálica com estrutura do tipo tubular, com vão de 32m, e uma estrutura secundária com perfis enrijecidos, com sistemas de terças com tecnologia Metform, com vão de 12 m. A pintura teve tratamento de superfície com jateamento abrasivo padrão SA 2 ½ e pintura com uma demão de primer e acabamento epoximastic Coramastic TB 5800, com 140 micra de espessura seca. A engenheira Márcia Gama informa que as telhas da cobertura são do tipo zipada, com espessura de 0,65 mm, recebendo tratamento zincalume natural e iluminação zenital em policarbonato alveolar de 6 mm, leitoso. “Há, também, isolamento térmico com manta de lã de vidro, com densidade 16 kg/m³, e uma face visível revestida com vinil branco”. O piso em concreto com fibras de aço (Dramix) foi executado, em sua maior parte, com espessura de 13 cm.

MERCADO EXTERNO

A estratégia da TSA é atender países da América Central e América do Sul – entre eles, México, Guiana, Venezuela, Chile, Argentina, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador – com volume de vendas previsto de 85% para o mercado interno e 15% para o mercado externo. “Queremos fazer um plano de produção e vendas que trabalhe com o mix de atendimento aos clientes, buscando um equilíbrio entre os mercados interno e externo”, reforça Alencar. A responsabilidade ambiental é uma preocupação da empresa, que terá geração de resíduos reduzida, formada, principalmente, por materiais recicláveis e também por sucatas metálicas ferrosas facilmente comercializáveis. O diretor da TSA afirma que a gestão desse item será feita por meio de um Plano de Gerenciamento de Resíduos. Outra ação da TSA é cuidar dos efluentes líquidos, constituídos, basicamente, pelo esgoto sanitário, que serão tratados pelo sistema de fossas sépticas. “Haverá, também, pouco consumo de água industrial, usada apenas para reposição deste líquido, já que serão utilizados sistemas de recirculação de água industrial”. Na área de Responsabilidade Social, a TSA est&a

acute; participando da criação de um curso de pós-graduação na área de soldagem, na região. A empresa também está apoiando projetos como o Praia Limpa e o Colorir. “Outra ação, com relação a parceiros e visando a propiciar mais conforto a prestadores de serviços, foi a construção de instalações especiais em nossa planta para facilitar e dar suporte ao trabalho de caminhoneiros e auxiliares”, diz.

Fonte: Estadão


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