Usuários crescem 6% no metrô de BH

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A situação do sistema de transporte na capital mineira não difere muito do caos vivido nas ruas e avenidas de Salvador. Tanto assim, que já aumenta a procura dos mineiros pelo transporte de massa, em substituição aos automóveis particulares e até ônibus. Prova disso é que no dia 5 de setembro deste ano, o metrô de BH registrou recorde do número de passageiros transportados por dia, chegando a 171.610 usuários. Segundo a CBTU, o crescimento da média diária de usuários do metrô nos primeiros cinco meses de 2008 foi de 6%, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em dez anos, a frota de veículos de Belo Horizonte cresceu cerca de 70%, passando de 623 mil veículos em 1998 para os atuais 1,075 milhão, de acordo com o Denatran. Proporcionalmente, Belo Horizonte tem uma das maiores frotas por habitante do País: um veículo para cada grupo de 2,4 moradores (em São Paulo, estima-se um veículo por 1,78 habitante; Brasília tem um veículo por 2,4 habitantes e o Rio de Janeiro, um veículo por 2,9 habitantes).

Injeção de recursos

Os investimentos aprovados no PAC para o metrô de Belo Horizonte são de R$186,3 milhões, que serão distribuídos ao longo dos anos de 2007 a 2009. Em 2007 foram investidos R$ 64,3 milhões – incluindo R$ 22,4 milhões de recursos oriundos dos orçamentos de 2005 e 2006 ainda não quitados. Até agora já foram investidos R$ 598,1 milhões na construção do Metrô BH.

Parte dos recursos será destinada à Linha 1( Eldorado-Vilarinho) para a complementação da implantação do terminal Vilarinho, aquisição de equipamentos para o Centro de Controle Operacional e o sistema de transmissão ótica, além de sobressalentes complementares dos sistemas de sinalização e de telecomunicações.

Os recursos para a Linha 2 (Calafate-Barreiro, com 21 km de extensão) serão destinados para garantir a faixa de domínio ferroviária (com a conclusão das desapropriações), obras de terraplanagem e drenagens, dos muros de vedação, das contenções das encostas e dos viadutos de cruzamento com as vias urbanas.
Compreende, ainda, o projeto de engenharia do metrô subterrâneo – Linha 2 (traçado completo) e Linha 3 (Pampulha-Savassi, com 12,5 km de linhas). A opção por construir um trecho subterrâneo na Linha 2 foi definida em conjunto por técnicos da CBTU e da Prefeitura de BH. Esse trecho cruzará a Av. Amazonas, atingindo o hipercentro e área hospitalar. Cerca de 90% dos novos investimentos serão destinados à Linha 2, representando R$ 167,4 milhões.

Características do sistema

O atual sistema do Metrô BH é formado pela Linha 1, que corta Belo Horizonte de leste a oeste, com 28,1 km de linhas e 19 estações em funcionamento, transportando 145 mil passageiros/dia em 25 trens unidade elétrico (TUEs), circulando a uma velocidade comercial de 40km/h, em linhas de bitola de 1.600 mm.

Após a ampliação das estações e do número de linhas de integração em Eldorado e Vilarinho, a expectativa é de que o metrô passe a transportar 230 mil usuários por dia útil. Com a implantação do Terminal de Integração Vilarinho, a expectativa de acréscimo é de 14 mil novos embarques/dia (ida e volta), enquanto a ampliação da integração em Eldorado proporcionará 26 mil embarques/dia (ida e volta).

A demanda prevista para as três linhas do Metrô deverá ser de cerca de 1,3 milhão passageiros/dia para o ano de 2009, segundo dados fornecidos pelo Metrô BH. No horário de pico, o carregamento máximo por sentido, em 2009, deverá ser de 40 mil passageiros na linha 1, cerca de 2 milhão passageiros na linha 2 e 35 mil na linha 3.

Com a implantação das novas linhas, o metrô atenderá à demanda de transporte na Região Metropolitana, e em especial a área central de Belo Horizonte e todos os principais pólos de geração e atração de demanda, tais como o hipercentro da cidade, a região industrial, a região norte considerada área dormitório, a região hospitalar, a do Barro Preto (fórum e confecções), a da Praça da Liberdade (serviços públicos), a Savassi (comercial), a Pampulha (aeroporto, universidade e hospitais).

Com esta rede será possível promover uma grande racionalização do sistema de transporte, reduzir os congestionamentos, os acidentes e a poluição atmosférica.

Fonte: Estadão


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