A Rodovia do Parque (BR-448), apontada como uma das soluções para o caos da BR-116, está mais próxima de sair do papel. Ocorreu ontem, em Brasília, a entrega das propostas das empresas interessadas em realizar a obra, orçada em R$ 850 milhões. Ao todo, 17 construtoras participaram do processo, que ocorreu às 15 horas, na sede do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit).
Apenas duas, a Odebrecht Serviços de Engenharia e Construção S.A e o Consórcio Queiroz Galvão/OAS/Guaíba, inscreveram-se para executar os 22,3 quilômetros da obra, dividida nos lotes 1, 2 e 3. As demais buscaram se habilitar para o trabalho em dois ou apenas um dos três segmentos da rodovia.
Conforme o superintendente do Dnit no Estado, Vladimir Roberto Casa, não há prazo definido para a Comissão Permanente de Licitação analisar a documentação entregue. “Mas a expectativa é que essa etapa dure de 15 a 20 dias, pois foram muitas as empresas participantes”, argumenta o superintendente. O resultado da análise, que será publicado no Diário Oficial da União, irá apontar as empresas que estão aptas a continuar na concorrência pública. Haverá o prazo de cinco dias úteis para apresentação de recursos.
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Preços
Após essa fase é que será feita a abertura dos envelopes de preço, que foram lacrados ontem e ficam com a comissão até a próxima reunião. O objetivo é avaliar a viabilidade dos custos sugeridos pelas empresas. Esta etapa pode levar de um a dois dias até o anúncio dos vencedores, que também vão ser divulgados no Diário Oficial.
Construção da BR-448 deve começar em agosto
A Rodovia do Parque terá 22,3 quilômetros de extensão, partindo do entroncamento entre as cidades de Porto Alegre e Canoas, na BR-290, até o limite entre Esteio e Sapucaia do Sul, na RS-118. Conforme previsão do Dnit, a obra propriamente dita deverá ter dois anos e meio de duração, com expectativa de receber de 30 a 40 mil usuários diariamente. O custo total será superior a R$ 850 milhões, com início previsto para agosto.
Ao longo da Rodovia do Parque serão construídas três interseções, uma com a BR-290 (entre Canoas e Porto Alegre), outra com a BR-386 (em Canoas) e a terceira na RS-118 (entre Esteio e Sapucaia do Sul). Também são três as entradas para os municípios, duas em Canoas e outra em Esteio.
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Em Canoas, haverá o acesso à zona industrial, no bairro Rio Branco, e outro no bairro Mato Grande, principal comunicação entre o município e a capital gaúcha. No valão, próximo ao dique do Rio Branco, também em Canoas, será construída uma elevada de 2,6 quilômetros sobre o banhado do Parque Delta do Jacuí.
Esse trecho é considerado o mais complexo pelos engenheiros, pois terá que levar em conta a preservação de uma área ambiental protegida por lei. Do total, cerca de R$ 378 milhões serão usados em pontes, viadutos e elevadas e R$ 13 milhões em projetos de recuperação ambiental.
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Obra está incluída no PAC
A BR-448 faz parte das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Para o Estado estão previstos investimentos de R$ 30,7 bilhões em obras de infra-estrutura, transporte e saneamento.
A previsão inicial era de R$ 19,8 bilhões. O volume de recursos foi ampliado com a inclusão de obras como a extensão do Trensurb até Novo Hamburgo e a construção da BR-448.
Fonte: Estadão
