A Petrobras quer se tornar uma grande player no mercado internacional de gás natural. A estratégia será estocar e liquefazer no País o gás produzido que não for utilizado para a geração da energia térmica, visando a sua exportação, tanto para o Cone Sul, quanto para Estados Unidos e União Europeia. Mesmo assim, a estatal não deve abrir mão da importação de gás natural da Bolívia e já prevê a prorrogação do contrato para a aquisição de 30 milhões de metros cúbicos por dia, que expiraria em 2019. ‘Não temos hoje dados que nos permitam confirmar nossa autossuficiência em gás num futuro próximo, mesmo com as descobertas do pré-sal, porque, afinal, há a necessidade de maior detalhamento daquela área’, disse a diretora de Gás e Energia da estatal, Graça Foster, que concedeu entrevista para detalhar os planos de negócios da companhia em sua área no período entre 2009 e 2013.

Sem falar em valores, a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster, comentou que esta primeira unidade de liquefação poderia ter capacidade para processar 2,5 milhões de toneladas por ano, ou 10 milhões de metros cúbicos por dia. Mas, este número ainda é embrionário, podendo aumentar. Segundo a diretora, não está descartada a perspectiva de parceria com um investidor estrangeiro que tenha know-how no segmento de Gás Natural Liquefeito (GNL). Mesmo contando com o excedente de oferta para a exportação, Graça comentou que a partir de 2011 a companhia deve iniciar as negociações para renovar o contrato de importação de gás natural da Bolívia, que expira em 2019.

Fonte: Estadão