Belo Horizonte (MG) deverá receber no segundo semestre de 2013 a primeira das 37 escolas municipais que serão construídas por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) entre a prefeitura da cidade e a Odebrecht. A PPP resultou na formação da Sociedade de Propósito Específico (SPE) Inova BH, que conta com o apoio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
Até o momento, as obras foram iniciadas em 20 dos 37 canteiros. A primeira delas, a Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI) do bairro Belmonte, na região nordeste da capital mineira, está prevista para ser entregue no segundo semestre deste ano. Terá 1.100 m², com dois pavimentos, 20 salas de aula, berçário, refeitório e áreas de serviço, e atenderá cerca de 440 crianças de zero a seis anos.
Na sequência, serão construídas as UMEIs Minaslândia, Elos, Palmeiras e São João Batista, que têm previsão de entrega até o final de 2013. As 37 unidades terão investimento total de R$ 190 milhões, sendo que o BDMG financia R$ 96 milhões. A PPP tem duração de 20 anos. As obras começaram no final de 2012 e vão até o fim de 2014. Ao todo, serão atendidas aproximadamente 19 mil crianças.
De acordo com o BDMG, a metodologia construtiva (sistema light steel framing, ou engradamento de aço leve) a ser utilizada nas UMEIs é inédita no Brasil.
Seu principal benefícioé acelerar o processo de construção, garantindo a mesma segurança, qualidade de acabamento e conforto para quem frequenta as instalações. Além disso, o método facilita as instalações elétricas e hidráulicas, oferece maior eficiência energética e permite o uso de materiais renováveis, com baixo desperdício.
Bruno Tiere, diretor de contrato da Odebrecht, acrescenta que as unidades terão a sua estrutura construída com perfis de aço galvanizado formados a frio e vedações com conjunto formado de placas cimentícias, barreira de vapor, lã de vidro e placas de gesso acartonado.
Uma das vantagens da parceria, para Tiere, é a possibilidade de compra de materiais para todo o projeto, o que reduz o custo do material. “Priorizamos grandes compras de modo a racionalizar processos, obtendo melhores preços, padronização de especificações e ganho de produtividade que outras obras jamais alcançariam caso fossem realizadas em contratos separados”, explica.
Atualmente, cerca de 1.100 colaboradores estão envolvidos de forma direta e indireta no projeto.
A concessionária será responsável pela construção e operação de serviços não pedagógicos, como manutenção das instalações elétricas e hidráulicas, segurança, limpeza, sustentabilidade ambiental, compra de mobiliário das 37 escolas municipais. Destas, 32 funcionarão como UMEIs e cinco como Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs).
Fonte: Revista O Empreiteiro