A AGCO, líder global na fabricação de equipamentos agrícolas, anunciou em 1º de maio o aporte de R$ 1 bilhão, até o ano que vem, na expansão do segmento de máquinas de grande porte no País. Do total, R$ 340 milhões serão destinados às fábricas do grupo, e os demais R$ 660 milhões, para a ampliação da rede de concessionárias da marca Fendt, segundo apurou o Valor.
Conforme a empresa – que tem sob seu guarda-chuva as marcas Massey Ferguson, Challenger, Fendt, GSI, Precision Planting e Valtra –, o investimento nas plantas de Mogi das Cruzes (SP), Ibirubá e Canoas (RS) havia sido planejado para um triênio, mas o grupo decidiu antecipar pela movimentação do mercado, explicou ao jornal o diretor da Fendt na América do Sul, José Galli. “O investimento nas plantas se dá porque os alemães querem manter o alto nível no Brasil como na matriz.
Sobre as concessionárias, atualmente são 22 e o plano de expansão até o próximo ano é de chegar a 40 lojas”, revelou.
Na fábrica de Ibirubá, além de expandir a área construída, serão introduzidos novos modelos. Segundo a empresa, serão produzidas versões menores da plantadeira Momentum, inicialmente comercializadas com a marca Fendt, mas que poderão integrar o portfólio da Massey Ferguson e da Valtra. Com a expansão, Canoas deve concentrar a fabricação de máquinas entre 60 e 145 HP.
Já a fábrica de Mogi das Cruzes, que produz os tratores Valtra, deverá ser ampliada (42 mil m² para 57 mil m²) para se transformar em uma das unidades mais tecnológicas do grupo. Nela o investimento será para produzir tratores mais modernos e com potências maiores. Um trator de grande porte da Fendt, que atualmente é importado, poderá sair das linhas locais, assim como tratores de potência elevada da Massey Ferguson.
De acordo com Galli, a distribuição das novas lojas deve se espalhar por vários Estados, mas com a maior parte concentrada no Cerrado. “Hoje, nossos equipamentos estão inseridos na linha de tratores com mais de 340 HP de potência e colheitadeiras de classe 7, 8 e 9. Há uma tendência de esse segmento crescer mais que o mercado como um todo”, afirmou.
Apesar de os juros estarem em patamar muito elevado no País, além do esgotamento de linhas de financiamento de máquinas do Plano Safra, o segmento cresceu 20,7% no primeiro trimestre.