OAS, Triunfo/UTC e Engevix vencem leilão
Com ágio de 347%, as ofertas vencedoras do leilão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (Campinas-SP) e Brasília (DF) somaram cerca de R$ 24,5 bilhões aos cofres públicos – recorde de investimento privado no País em infraestrutura.
O aeroporto de Guarulhos foi arrematado pelo consórcio Invepar (composto pela Invepar Investimentos e Participações e Infraestrutura – OAS e fundos de pensão Previ, Petros e Funcef, com participação de 90%, e a operadora Airport Company South Africa, com 10%). Já a concessão de Viracopos ficou com o consórcio Aeroportos Brasil (45% da Triunfo Participações e Investimentos, 45% da UTC Participações – UTC Engenharia – e 10% da Egis Airport Operation, da França). Por fim, o terminal de Brasília ficou com o consórcio Inframérica Aeroportos (50% da Infravix Participações – Engevix – e 50% da Corporation América, da Argentina) — o mesmo que construirá e administrará o aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN).
Bem-vindos, investidores privados!
O sucesso do leilão dos aeroportos, ocorrido no dia 6 deste mês, mostra que a indecisão política do governo federal em acelerar as concessões e parcerias público-privadas (PPPs) em todos os segmentos da infraestrutura, estava na contramão do que ocorre em todo o mundo e não tinha razão de ser.
Em vista da precária captação de poupança da economia brasileira, e dos bilhões de dólares em recursos ávidos por bons investimentos no mercado global, o caminho só poderia ser esse: atrair os investidores privados para aplicar na infraestrutura brasileira.
O que não dá para entender é que, num momento como esse, com os países emergentes à frente do mundo desenvolvido em termos de expansão econômica – com o Brasil figurando como uma das estrelas do cenário global -, a presidente Dilma Rousseff tenha faltado ao Fórum Econômico Mundial de Davos, sem designar pelo menos um representante, como o presidente Luciano Coutinho, do BNDES, o ministro Guido Mantega, da Fazenda, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, o presidente do conselho da Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, e os CEOs das maiores empresas de engenharia do Brasil. Miopia mata, se tivermos pela frente um trem.
(Joseph Young – diretor editorial)
Fonte: Padrão