Com o objetivo de viabilizar uma planta de produção e comercialização de hidrogênio verde e seus derivados, a AES Brasil assinou um pré-contrato com o Porto de Pecém, situado no município de São Gonçalo do Amarante, no litoral oeste do estado do Ceará. O objetivo da companhia é avançar com os estudos de viabilidade para produção de até 2 gigawatt (GW) de hidrogênio verde (“H2V)” e de até 800 mil toneladas de amônia verde por ano. A notícia foi divulgada no jornal Valor Econômico na última quinta-feira, 22, data em que foi assinado o pré-contrato.
O documento é uma continuidade do Memorando de Entendimento assinado em dezembro de 2021, que permite que a empresa avance para a fase de estudos de viabilidade técnica e comercial do projeto. Para a presidente da AES Brasil, Clarissa Sadock, a assinatura representa um passo importante rumo à diversificação do portfólio: “Somos hoje um importante parceiro de empresas que buscam a transição energética e caminhos para a descarbonização da matriz”, afirma.
Hub de hidrogênio verde no Ceará
O Brasil pode se tornar o principal país de exportação de hidrogênio verde para o mundo. A AES é a segunda empresa a assinar um pré-contrato com Pecém para hidrogênio e amônia verdes. Antes, a australiana Fortescue também assinou para viabilizar uma planta no complexo. Se os estudos avançarem a ponto de viabilizar a cadeia de infraestrutura tanto para sua produção e distribuição em escala do energético, o país pode alcançar essa marca.
O presidente do Complexo do Pecém, Danilo Serpa, explicou que foram nove meses construindo os termos e cláusulas do documento que contribui diretamente para que o HUB de Hidrogênio Verde do Estado do Ceará se torne uma realidade.
Até o momento, 22 Memorandos de Entendimento (MoU) já foram assinados, todos com o objetivo de produzir e também exportar hidrogênio verde.
