A confirmação da manutenção do envio dos recursos foi anunciada pelo governador Teotônio Vilela na última sexta-feira (27), quando o chefe do Executivo anunciava um pacote de medidas que visa gerar economia para o Estado.
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“Em recente encontro com o presidente Lula, ele nos confirmou que os estados pequenos não vão sofrer com a falta de verba. Até mesmo, porque nós dependemos do Governo Federal para poder fazer obras estruturantes. O próprio presidente reconheceu a nossa falta de capacidade de gerir essas obras sem a ajuda da União e garantiu que não haverá contingenciamento”, explicou o governador.
Obras em andamento
De acordo com a Secretaria Estadual de Infra-Estrutura, as maiores obras patrocinadas pelo PAC que estão em andamento são o Canal do Sertão e o saneamento básico de toda a região da baixa Maceió, que envolve os bairros do Centro e da orla marítima.
Em seguida, as obras do Vale do Reginaldo vão receber maior montante de recursos. Logo atrás, vêm os investimentos para a ampliação da rede de abastecimento d’água nas cidades de Palmeira dos Índios e Rio Largo e o reforço também para a cidade de Maceió. “Estamos substituindo toda a rede que está obsoleta”, informou o sub-secretário de Infra-Estrutura Fernando Nunes.
Segundo ele, as obras seguem em ritmo acelerado e a meta é que, até o início de 2010, toda a parte baixa da cidade não sofra mais com a falta d’água nas torneiras. “Também estamos trocando os anéis da rede distribuidora de água”, disse ele.
Adutora será inaugurada agora em abril
A primeira obra hídrica concluída com recursos do PAC no Nordeste foi a barragem da Caçamba, mais conhecida como adutora Helenildo Ribeiro, que está localizada na cidade de Quebrangulo.
Orçada em R$ 67 milhões de reais, com recursos do Ministério da Integração Nacional, a obra vai beneficiar 120 mil pessoas nos municípios de Palmeira dos Índios, Minador do Negrão, Estrela de Alagoas e Quebrangulo.
Por ser a 1ª no Nordeste, a barragem da Caçamba, que leva essa nome porque capta água do riacho Caçamba, em Quebrangulo, terá na sua inauguração as presenças do presidente Lula e do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.
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“Nos últimos anos, Palmeira dos Índios tem sofrido muito com escassez de água que decorre por conta da sobrecarga do Sistema Carangueja, que abastece a cidade. Esse sistema foi projetado para atender apenas à área urbana de Palmeira, onde as ligações residenciais crescem 5% ao ano Com o novo sistema, a água captada no riacho Caçamba será levada para a estação de tratamento do município, partindo, em seguida, para o reservatório da Casal, dentro de Palmeira, de onde será distribuída para consumo nos domicílios da região”, detalhou o secretário.
Outras obras
Neste ano de 2009, o governo de Alagoas deu andamento a oito obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ao todo, os investimentos ultrapassam R$ 900 milhões e deverão ser concluídos até 2010 – prazo de vigência do programa.
A maior das obras do PAC, o Canal do Sertão, possui R$ 592 milhões assegurados e, até 2010, deve chegar ao quilômetro 97.
Quando concluído, o Canal vai beneficiar 900 mil pessoas em 42 municípios do Sertão e Agreste.
Já no segmento de urbanização, o Estado toca duas obras de grande cunho social no Vale do Reginaldo e na orla lagunar de Maceió que, juntas, somam R$ 95 milhões. Direcionadas para comunidades que vivem em situação de extrema carência, as duas obras vão promover a construção de 2.693 novas moradias, urbanização dos entornos e áreas de lazer.
Também já foi iniciado o trabalho social para promover a inclusão dos beneficiários.
“Vamos acabar com as favelas Sururu de Capote, Torre e Muvuca, todas localizada à beira da lagoa Mundaú. Queremos oferecer moradia decente a essas pessoas e poder inseri-las em programas de geração de emprego e renda”, explicou Fernando Nunes.
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Ainda são grandes obras do PAC as duplicações da AL 101-Sul, da BR 101 e a bacia sanitária da baixa Maceió.
Arapiraca também no PAC
Em Arapiraca, segunda maior cidade de Alagoas, três obras consideradas fundamentais pelo prefeito Luciano Barbosa, estão sendo financiadas com recursos do PAC: o projeto de preservação ambiental do riacho do Piauí, o esgotamento sanitário da cidade e obras de interesse social com pavimentação e drenagem na periferia.
“Estamos recebendo cerca de R$ 7 milhões para essas obras e ainda temos outros planos. O próximo projeto será para a implantação de uma nova subestação de energia”, informou o prefeito.
Fonte: Estadão