ALL investe para crescer mais

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Em maio de 2006, a América Latina Logística (ALL), via aquisição, tornou-se a maior empresa do setor da América Latina e a maior operadora ferroviária do Brasil. Sua malha, até então formada por 16 mil km de rede – cortando o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e parte de São Paulo, no Brasil, além de Paso de los Libres, Buenos Aires e Mendoza, na Argentina – passou a somar cerca de 20.700 mil km. Seus trilhos passaram a chegar também aos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e a um pequeno trecho de Minas Gerais. Sua frota, passou a 960 locomotivas e 27 mil vagões, além de cerca de 1,4 mil veículos rodoviários próprios ou agregados. Esse crescimento se deu graças à compra das operações da Brasil Ferrovias, feita por meio de uma troca de ações no valor de R$ 1,4 bilhão. O valor total da operação, considerando-se a dívida líquida da empresa incorporada, foi de aproximadamente R$ 3 bilhões. A forma como a compra foi feita possibilitou à ALL preservar o caixa para despesas do processo de reestruturação e investimentos necessários na recuperação da malha e ativos da Brasil Ferrovias, que estavam bem depreciados. Entre maio e dezembro de 2006, os investimentos realizados pela ALL na malha daquela empresa totalizaram R$ 400 milhões e nos demais ativos, R$ 120 milhões. A Brasil Ferrovias, holding que abrigava as ferrovias Ferroban, Ferronorte e Novoeste, possuía 4,7 mil km de via férrea, 7,8 mil vagões e 280 locomotivas, além de uma contabilidade que fechava anos no vermelho. O desafio da ALL passou a ser, portanto, transformar a Brasil Ferrovias uma operação ferroviária viável e contribuir para o aumento da participação da ferrovia na matriz brasileira de transporte. Para dar sustentação a esse projeto, a ALL vai investir este ano R$ 500 milhões em toda sua malha. Serão recuperadas 40 locomotivas e 1.800 vagões da frota obsoleta da Brasil Ferrovias, além da troca de 20 mil t de trilhos. Em 2006, os investimentos realizados pela ALL em seus ativos somaram cerca de R$ 180 milhões. Os recursos foram aplicados em parte na construção de desvios ferroviários no Paraná, nas cidades de Maringá, Cambé, Castro e Ponta Grossa. Também foram feitos investimentos na ampliação de pátios existentes, como o de Rio Natal, em Santa Catarina. A remodelação e a reforma da via permanente, no ramal entre Mafra (SC) e Canoas (RS), a fim de permitir a passagem das locomotivas C-30, também exigiram parte dos recursos desembolsados. As intervenções na linha incluíram a troca de dormentes e do perfil dos trilhos – de TR-45 por UIC-60 – em um trecho de 80 km de extensão, entre Morretes e Curitiba, e entre Ponta Grossa e Apucarana.
Fonte: Estadão


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