Alphaville aposta no desenvolvimento de núcleos urbanos

Ao contrário do que se imagina, o primeiro projeto Alphaville, implementado em Barueri, na Grande São Paulo, não foi um condomínio residencial, mas sim um loteamento para abrigar empresas. Mas logo se percebeu potencial na mesma região de conjunto fechado de casas. Assim, surgiram os residenciais privados na localidade.

Isso foi há 40 anos. O conceito se disseminou no País e há mais de 100 deles prontos, lançados ou em desenvolvimento em quase todos os estados brasileiros.

Hoje, a proprietária do conceito, o Alphaville Urbanismo, aposta no modelo híbrido que inicialmente tinha em mente realizar, quando reuniu empresas e residências próximas, em Barueri, só que com formato bem mais aprimorado. Tratam-se dos núcleos urbanos, criados de forma ordenada.

“Esses núcleos são muito mais do que morar e trabalhar no mesmo lugar. É infraestrutura existente, segurança, bem estar, paisagismo”, conta Fernando Orsi, diretor de operações da Alphaville Urbanismo. O engenheiro civil difere estes ambientes dos multiusos, um segmento também crescente no mercado da construção civil.

Segundo Fernando, os núcleos urbanos são próximos às cidades, mas estão eminentemente localizados em áreas rurais. Além disso, os projetos multiusos, integrando edificações residenciais e comerciais, são erguidos e oferecidos ao mercado. Já os núcleos urbanos são planejados, crescem de forma orgânica, e faz-se em geral o condomínio residencial para, aos poucos, ir se agregando diferentes comércios e serviços, com perfil do público morador daquela localidade, em geral de classe média ou de classe média-alta.

Em Eusébio, na Grande Fortaleza (CE), o Alphaville Urbanismo desenvolve um núcleo urbano com projeção de ter mais de 100 mil habitantes em uma área de 5 milhões de m². As obras dos residenciais já começaram, mas há também extensa área comercial e está prevista até a implantação de um centro logístico de frente para uma rodovia próxima.

Nesses projetos, assim como nos condomínios residenciais, toda a implantação da infraestrutura é de responsabilidade do Alphaville, incluindo água, esgoto, luz, rede de telecomunicações e vias pavimentadas – no caso do projeto cearense, serão mais 50 km de vias feitas com blocos de concreto intertravado, para facilitar a impermeabilização.

Nos projetos da empresa, quando necessários, são construídos ainda estações de tratamento de esgoto e água, além de subestações de energia – como é o caso de Eusébio.

“O estudo de viabilidade é fundamental. A região que será inserida o projeto é cuidadosamente analisada. Avalia-se qual plano da prefeitura na área escolhida. Verifica-se se ela pode sofrer algum tipo de deterioração futura”, explica Fernando.

Nestas iniciativas de desenvolvimento urbano, o Alphaville, além de elaborar o master plan, tem papel de gerenciador e fiscalizador do empreendimento e se seu crescimento atende ao padrão determinado.

De acordo com o engenheiro, há uma preocupação grande de como se dará a infraestrutura, que é o essencial construído pela empresa. “Levar infraestrutura é muito cara, apesar dos avanços. Isso precisa ser bem estudado antes de implementar um empreendimento desse tipo”, ressalta.

Além de Eusébio, estão sendo desenvolvidos núcleos urbanos pelo Alphaville Urbanismo nas regiões metropolitanas de Brasília (DF), Goiânia (GO), Recife (PE), entre outras.

(Augusto Diniz)

Fonte: Revista O Empreiteiro

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