A crise global de 2008 não chegou a abalar seriamente os projetos e a maior parte deles seguiu em frente, mesmo que as condições de garantia financeira tenham se tornado mais rigorosas. Por exemplo, diversas agências provinciais aceitaram realizar pagamentos parciais travados com marcos importantes ao longo da construção do projeto PPP, e pagamento substancial pela conclusão da obra. As instituições que financiam o projeto ganharam direitos maiores sobre o fluxo das receitas, em detrimento das agências governamentais ou dos controladores dos ativos.
Uma vantagem adicional dos empreendimentos PPP no Canadá é poder se valer de um mercado de títulos ativo e líquido, se comparado a países europeus. Este mercado, que nasceu para atender as corporações em geral do país, adaptou-se bem às peculiaridades dos projetos PPP, e a maior parte dos projetos atuais é financiada com a emissão de títulos garantidos pelo empreendimento, em conjunto com um financiamento bancário de parte dele.
Com isso, os projetos puderam ser financiados a custos mais baixos, refletindo os diferentes perfis dos tomadores e das garantias. O total financiado dos projetos PPP vem se expandindo desde 2009 e não dá sinais de exaustão. Segundo estudos da P3 Canada, os projetos PPP já contribuíram com mais de C$ 50 bilhões ao PIB do país.
Fonte: Revista O Empreiteiro