Amitech amplia capacidade produtiva

A Amitech acaba de concluir a expansão da sua fábrica em Ipeúna, no interior de São Paulo. A partir de agora, a empresa – maior fabricante brasileira de tubos de poliéster reforçado com fibras de vidro (PRFV) – passa a contar com capacidade para produzir 330 km/ano de tubulações, cujos diâmetros podem alcançar até 3.000 mm. "O investimento total foi de US$ 9 milhões", comenta Flávio Marçal, gerente comercial.

A maior parte dos recursos foi aplicada na aquisição de uma máquina Flowtite* (tubo de poliéster reforçado com fibras de vidro (PRFV) imune à corrosão. Ideal para redes pressurizadas de abastecimento de água, garante elevada resistência contra os mais diferentes tipos de agressões químicas e mecânicas) desenvolvida pela Amiantit, empresa saudita que tem 30% do controle da Amitech – o grupo colombiano Inversiones Mundial detém o restante. "A tecnologia Flowtite* permite que sejam fabricados 36 metros/hora de tubos de PRFV, em barras de até 14 metros de comprimento", explica Benedito Buso, gerente industrial da Amitech.

Até então, a empresa adotava exclusivamente a tecnologia de centrifugação (CPRFV), que permite a fabricação, em média, de 18 metros/hora de tubos de até 1.200 mm de diâmetro. "Com a nova máquina, complementamos o nosso portfólio. Enquanto o equipamento Flowtite* destaca-se pela velocidade produtiva e por fabricar diâmetros maiores, a centrifugação nos garante mais flexibilidade, uma vez que contamos com seis estações independentes de trabalho. Ou seja, estamos aptos a fabricar tubos de diferentes diâmetros ao mesmo tempo", detalha Buso, lembrando que, em ambos os processos, as tubulações da Amitech atendem aos mesmos requisitos de fabricação que fazem parte da norma NBR 15536. Antes da expansão, a empresa tinha capacidade para fabricar 120 km/ano de tubos de CPRFV de 400 mm a 1.200 mm de diâmetro.

Ao ampliar os diâmetros das suas tubulações, a Amitech passa a assediar com mais intensidade os mercados que requerem grandes vazões de fluidos. O principal exemplo, ilustra Buso, é o setor de geração de energia elétrica, mais especificamente os empreendimentos denominados Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). "Em regra, os tubos de PRFV servem para transportar a água dos reservatórios até a casa de máquinas, gerando energia. Assim, quanto maior o diâmetro, maior a vazão de água", expõe o gerente industrial da Amitech.

O novo equipamento já está com a capacidade ocupada pelos próximos três meses, em razão dos contratos firmados no final do ano passado com as PCHs de Nhandu e Planalto. A primeira, que está sendo construída na cidade de Guarantã do Norte, no Mato Grosso (MT), pela Geraoeste Usinas Elétricas do Oeste, receberá 950 metros de tubos de 2.700 mm e 2.900 mm de diâmetro. "Já a PCH de Planalto, localizada em Aporé (MS) e pertencente à Planalto Energética S.A., receberá 1.815 metros de tubos de 2.900 mm e 3.000 mm de diâmetro", informa Buso.

Para Marçal, a contínua liberação de verbas integrantes do Programa de Aceleração Econômica (PAC) deve ajudar a Amitech a ocupar rapidamente a nova capacidade instalada – além das PCHs, a empresa fornece tubulações para obras de saneamento básico e de irrigação. "Estamos otimistas quanto ao desempenho do mercado ao longo dos próximos dois anos", afirma o gerente comercial da Amitech, que estima para este ano um salto de 70% no faturamento da empresa.

A instalação do novo equipamento possibilitou a abertura de quarenta vagas de emprego apenas na área de produção da Amitech. Ao todo, a empresa conta com 120 funcionários. "Metade dessas novas vagas foi preenchida por mulheres, devido ao elevado índice de automação da máquina Flowtite*", completa Buso.

Para mais informações sobre a Amitech, acesse www.amitech.com.br

Fonte: Estadão

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