Programa de modernização agregará 80% de asfalto-borracha até 2015

A Ecovias quer chegar até 2015 aplicando 80% de pavimento de borracha nas rodovias do Sistema Anchieta–Imigrantes. Os 20% restantes são constituídos por pavimento de concreto. Hoje, cerca de 70% de todo o pavimento já conta com camadas de asfalto-borracha, produzido com a adição de borracha de pneus usados à massa asfáltica.

A técnica começou a ser utilizada pela empresa em 2002, em caráter de teste, em alguns pontos específicos do sistema e, depois de aprovada, passou a ser usada em larga escala. O primeiro trecho a receber o material foi o da Anchieta, na serra, local por onde trafega o maior volume dos veículos de carga que fazem a interligação com o Porto de Santos.

A intenção foi justamente adotar um material que fosse mais resistente, inclusive em temperaturas ambiente elevadas, e exigisse menos manutenção.

Atualmente, o asfalto-borracha é empregado na região do Planalto das rodovias Imigrantes (km 12 ao km 40) e Anchieta (km 10 ao km 40), na serra da via Anchieta (km 40 ao km 55), em alguns trechos da Cônego Domenico Rangoni e da Padre Manoel da Nóbrega, o trecho de Baixada da rodovia dos Imigrantes e a Interligação Planalto.

Além de aplicar asfalto-borracha em 100% do pavimento flexível das suas rodovias (que representam 80% do SAI), a Ecovias tem testado novas tecnologias de massa asfáltica.

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Um exemplo é o asfalto morno, que também emprega borracha de pneus na sua produção, mas pode ser aplicado numa temperatura até 40oC menor que a mistura usada atualmente.

Com a temperatura menor, há menos emissão de gases poluentes e mais conforto aos funcionários da obra. O teste foi realizado no ano passado num trecho de cerca de 1 km, na rodovia Padre Manoel da Nóbrega e, neste ano, foi repetido em 2 km da Cônego Domenico Rangoni, que tem grande tráfego de caminhões.

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Como essa tecnologia é nova no Brasil, há a necessidade de avaliação do comportamento desse asfalto por um período para comprovar sua qualidade.

Usina de asfalto

Um fator que contribui para a qualidade do material a ser aplicado e que dá maior agilidade ao trabalho da Ecovias é o fato de a empresa contar com uma usina de asfalto dedicada às suas necessidades. Inaugurada em outubro de 2005, a usina é capaz de produzir qualquer tipo de massa asfáltica necessária à recuperação das pistas do Sistema Anchieta – Imigrantes, especialmente, asfalto-borracha e massa asfáltica (convencional).
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A cada 50 segundos uma batelada de 1.500 kg de massa asfáltica é despejada num caminhão, que imediatamente leva o produto para o local onde será aplicado na pista.

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A capacidade de produção é de 140 t/h, o suficiente para asfaltar 330 m de uma faixa de rodagem com 5 cm de espessura.

A empresa conta também com um laboratório de pavimentação, criado na mesma época da implantação da usina de asfalto, em 2005. O objetivo é monitorar a excelência na qualidade da produção e aumentar a vida útil do asfalto utilizado nas rodovias do SAI.

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O laboratório é responsável não apenas por avaliar o material produzido na usina da Ecovias, como também por analisar as amostras da massa asfáltica já aplicadas nas rodovias. Quando o material não atende às especificações técnicas, é feita a fresagem para recompor a camada no local.

Vantagens ambientais

A utilização desse tipo de asfalto tira do meio ambiente um material que, na natureza, só se decompõe em 600 anos. Para produzir asfalto suficiente para pavimentar um km de uma única faixa de rodagem são utilizados cerca de 600 pneus. Apenas com os trabalhos no Sistema Anchieta-Imigrantes, desde que passou a ser usado em larga escala, o asfalto-borracha já responde pelo reúso de 400 mil pneus.

Além de ser ecologicamente correto e 40% mais resistente que a massa asfáltica convencional, embora seja 30% mais caro, o asfalto-borracha oferece maior conforto para o motorista usuário da rodovia, pois provoca menos ruído e aumenta a aderência do veículo, o que diminui as possibilidades de derrapagens e reduz o spray causado pelos pneus em dias de chuva.

A Ecovias reaproveita todo pavimento asfáltico em final de vida útil para formar a base de novas pistas.
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O processo de fresagem permite que essa camada asfáltica, que precisa ser trocada, não seja estocada em depósito, gerando passivos ambientais.

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