Em apresentação durante seminário sobre risco Brasil promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Standard & Poor´s e Valor Econômico, o executivo disse ainda que o setor de mineração terá “dias menos brilhantes” em fusões e aquisições. Com a restrição de crédito no mercado, Barbosa acredita é natural que as companhias do setor cancelem ou adiem projetos em geral.
“Uma grande riqueza desapareceu. Trilhões de dólares que alimentavam consumo e investimentos deixaram de existir”, disse. Para a Vale, no entanto, Barbosa fez questão de reforçar que a situação é mais benigna em comparação a outras mineradoras.
Segundo ele, 12 meses antes do agravamento da crise, a Vale previa uma piora de liquidez de mercado e obteve os financiamentos necessários com prazos longos e custos menores. “Hoje temos condições de perseguir qualquer opção de investimentos.”
Com US$ 15,3 bilhões em caixa, a Vale tem uma linha de financiamento de longo prazo de US$ 10 bilhões e US$ 1,3 bilhão em crédito rotativo. O prazo médio do endividamento é de nove anos e meio. “As amortizações em 2009 somam US$ 318 milhões”, destacou Barbosa.
O executivo fez questão de lembrar que a Vale vem sendo bem sucedida na gestão de caixa, sem correr riscos com instrumentos derivativos ou apostas direcionais. “A Vale é conservadora. A estratégia básica é proteger a estrutura de caixa.”
Fonte: Estadão