Sua história é marcada pelo nome de Bernardo Sayão, que assumiu a tarefa de desbravar a região, mas acabou vitimado em um trágico acidente
A rodovia Belém-Brasília começou a ser construída na década de 1950, no governo do presidente Juscelino Kubitschek, e foi concluída em 1974. Ela integra a BR-153, que começa no Pará e termina no Rio Grande do Sul. Nos cerca de 2.100 km em que a rodovia tem a designação Belém-Brasília , ela atravessa os Estados do Pará, Maranhão, Tocantins e Goiás, partindo de Belém.
A rodovia é o principal eixo de ligação rodoviária da região Norte com o restante do País. Em Goiás e parte do Tocantins recebe a designação de BR-153; no Pará, de BR-010 e BR-316, e no Maranhão de BR-010. Ainda no Tocantins, ela também tem a designação de BR-226.
No Centro-Oeste, a Belém-Brasília começa em Anápolis (GO) e passa por outras importantes cidades goianas, como Jaraguá, Ceres, Uruaçu e Porangatu. No Tocantins, atravessa, entre outras cidades, Araguaína, Colinas, Guaraí, Miranorte, Paraíso do Tocantins e Gurupi. Somente no Tocantins, a rodovia possui 43 pontes, inclusive a localizada sobre o Rio Tocantins, na divisa com o Maranhão, com 513 m de extensão.
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Já no Maranhão, a Belém-Brasília passa por Estreito, na divisa com Tocantins, e segue para Porto Franco, Campestre do Maranhão, Ribamar Siquene, Imperatriz (segunda maior cidade do Estado), João Lisboa, Senador La Roque, São Francisco do Brejão, Açailândia e Itinga. No Pará, as principais cidades no trajeto são Castanhal, Santa Maria, São Miguel do Guamá, Paragominas e Capanema.
Mais de 1,5 milhão de pessoas vivem nas cidades e povoados ao longo da à rodovia.
A viagem de ônibus entre Belém e Brasília dura em média 32 horas.
O início de tudo
Nos anos 1950 o Brasil ainda carecia de estradas em direção ao interior. Mas esse panorama começou a mudar quando Juscelino Kubitschek assumiu a Presidência e lançou o Plano de Metas, que priorizava energia e transportes, e previa a construção de 10 mil km de rodovias, sob o comando da Rodobrás, empresa criada especificamente para isso.
Como resultado desse programa, que no final atingiu a marca de 18 mil km, surgiram ligações como Fortaleza-Brasília, Brasília-Cuiabá e Brasília-Acre. Uma das rodovias mais marcantes do período é a Belém-Brasília, com 2.200 km de extensão.
Mais tarde, a Belém-Brasília foi batizada com o nome do pioneiro Bernardo Sayão, que dirigia a Rodobrás. Sayão mudou-se do Rio de Janeiro para Goiás em 1941 com o objetivo de fundar uma colônia agrícola, que fazia parte do projeto Marcha para o Oeste, lançado por Getúlio Vargas. Chegou a ser vice-governador de Goiás, mas deixou o cargo para trabalhar, em 1956, na construção da nova capital e dois anos depois foi incumbido do projeto da rodovia Belém-Brasília. Construir a rodovia era uma empreitada difícil e envolveu 11 construtoras e 1.200 homens. Uma frente de trabalho saiu da região de Anápolis (GO) e a outra de Belém, mas na data prevista para o encontro das duas nada aconteceu. Os poucos recursos e o desconhecimento da região de selva amazônica geraram um desvio de quilômetros entre as duas frentes, que só se encontraram depois de um levantamento aéreo envolvendo helicópteros e rádios de comunicação. Apesar dos percalços, a rodovia foi concluída antes da inauguração de Brasília.
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Bernardo Sayão não chegou a presenciar o fim do projeto, pois foi vitimado na obra pela queda de uma árvore e acabou sendo a primeira pessoa enterrada no cemitério de Brasília. Apenas 16 dias após seu falecimento, em 31 de janeiro de 1959, as frentes Norte e Sul da obra se encontraram, criando essa importante ligação rodoviária.
Sua pavimentação foi concluída apenas no governo Médici (1969 a 1974).
A estrada pioneira de Sayão foi substituída em meados da década de 1970 pela atual Belém-Brasília, que conservou apenas cerca de 30% do traçado original, adequado às novas condições da pista, ou seja, plataforma de 12 m de largura, com 7 m de pistas, 5 m de acostamentos, rampa máxima de 6% e com pavimentação. Em alguns pontos a distância entre a estrada original e a nova chegou a 30 km. A obra movimentou mais de 1.500 máquinas e foi dividida em 26 lotes, construídos por empresas como Mendes Junior, Tratex, CBPO, Queiroz Galvão, C. R. Almeida, CCBE e Cia. Metropolitana, entre outras.