Com capacidade de 624 MW, a Usina Termelétrica Novo Tempo Barcarena já garantiu os recursos para sua implantação no Pará. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou o financiamento de R$ 1,8 bilhão para a usina, que será apoiada por meio do BNDES Finem.
A usina Novo Tempo, no Porto de Vila do Conde, Baía de Marajó, integra o Complexo Termelétrico Barcarena, do grupo New Fortress Energy. O projeto, integra o Novo PAC, do Governo Federal, e estima a geração de 1.128 empregos diretos e indiretos nas diferentes fases do projeto.
Os recursos do BNDES representam cerca de 65% do investimento total da Centrais Elétricas Barcarena S.A (CELBA 2), sociedade de propósito específico criada para implantação e operação da usina.
A termelétrica movida a gás natural liquefeito contará com uma turbina a gás e uma turbina a vapor, que compartilharão o mesmo eixo de geração, operando em ciclo combinado. A iniciativa apoiada pelo BNDES abrange ainda a construção de uma linha de transmissão de aproximadamente 5 km de extensão para conexão da UTE ao Sistema Interligado Nacional de energia.
“As termelétricas a gás são uma forma relevante de fazer a transição energética, substituindo as termelétricas com geração a diesel e mantendo a estabilidade do sistema interligado brasileiro, que tem cerca de 90% da geração elétrica baseada em fontes limpas”, destaca a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa.
Sobre o complexo
O projeto UTE Novo Tempo Barcarena faz parte do Complexo Termelétrico Barcarena, empreendimento do grupo New Fortress Energy que visa criar um polo de importação, armazenagem e escoamento de gás natural liquefeito importado no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, às margens da Baía de Marajó.
Além de abastecer o Sistema Interligado Nacional por meio da usina termelétrica, o complexo fornecerá gás para grandes consumidores da região, que, atualmente, operam com combustíveis que emitem maior quantidade de gases de efeito estufa, como o diesel.