O Plano Decenal de Energia Elétrica – documento do Ministério de Minas e Energia que traça as metas para o setor no período 2008-2017 – estima que a capacidade total de geração do País terá de saltar dos atuais 99,7 mil megawatts (MW) para cerca de 154,7 mil MW em 2017. Desse acréscimo de 55 mil MW, cerca de 20,8 mil MW deverão ser gerados em usinas térmicas, como nuclear, a gás, carvão, diesel, óleo combustível ou movidas a biomassa.
O mesmo documento prevê que até 2017 deverão entrar em operação 40 novas usinas movidas a óleo combustível, tidas como mais caras e poluentes.
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Elas devem contribuir com 7,5 mil MW para a expansão do sistema.
Esse avanço da geração em usinas termelétricas tem seu preço. O próprio governo calcula que as emissões de gás carbônico para geração de energia por meio dessas usinas podem passar dos atuais 14 milhões de toneladas por ano para 39 milhões de toneladas em 2017. Isso gerou polêmica entre ambientalistas, que pedem revisão do plano decenal. As autoridades para o setor elétrico rebatem as críticas alegando que o País tem de recorrer às térmicas porque as licenças ambientais para as usinas hidrelétricas – que são mais limpas do ponto de vista das emissões – demoram a ser liberadas pelos órgãos ambientais.
Enquanto ambientalistas e especialistas discutem, as térmicas avançam.
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Há cálculos até mais pessimistas em relação ao futuro das emissões no Brasil. O Instituto Teotônio Vilela, vinculado ao PSDB, fez um alerta no início do ano de que a geração de energia no Brasil poderá, em 2017, somar emissões anuais de gás carbônico de 75 milhões de toneladas.
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O maior volume leva em conta um cenário mais pessimista – que também é admitido pelo governo – no qual haveria atraso nas obras de 36 usinas hidrelétricas nos próximos anos. Mesmo assim, o plano decenal prevê que as hidrelétricas continuam sendo a base do sistema brasileiro, mas a participação na geração de energia cairia dos atuais 86% para 76% em 2017.
Fonte: Estadão