Brookfield compra IVI Energia e investe em geração distribuída

A canadense Brookfield anunciou investimentos de R$ 1,2 bilhão na construção de usinas solares de menor porte nos próximos 12 meses no Brasil. Para isso, a companhia adquiriu o controle acionário da IVI Energia. A ideia é construir um parque solar gerador com 300 MWp (megawatts-pico) de capacidade. 

Com o negócio, a Brookfield passa a deter 90% da IVI Energia – o restante continuará nas mãos dos fundadores da empresa. O que atraiu a companhia canadense foi o portfólio do grupo brasileiro, com mais de 50 usinas solares espalhadas pelo território nacional. Esse é o primeiro investimento da empresa em geração distribuída, que é gerada próxima ao local de consumo, no País.

Faz parte do primeiro lote de projetos a construção de 23 usinas, que totalizam 60 MWp e devem estar em funcionamento até o início de 2024. Para a segunda etapa, que deverá estar concluída até abril do próximo ano, a empresa adicionará 90 MWp em novas unidades geradoras. Com isso, a empresa atingirá metade do pipeline pretendido para 2024.

Os recursos que serão empregados no projeto fazem parte do Brookfield Global Transition Fund (BGTF), fundo que captou US$ 15 bilhões para apoiar a transição energética em vários países. No Brasil, serão mais de 100 pequenas usinas espalhadas por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Rio Grande do Norte. Com o aporte, a companhia soma R$ 29 bilhões de ativos sob gestão, com 3,3 GW de capacidade operacional, como eólica e solar, e 2,4 GW no pipeline de desenvolvimento, além de 500 MW em formação com os projetos de geração distribuída.

A Brookfield possui aproximadamente US$ 850 bilhões de ativos sob gestão e mais de 120 anos de atividades. Presente em mais de 30 países, em cinco continentes, sua história tem início em 1899 e está diretamente ligada ao desenvolvimento da infraestrutura no Brasil. Naquele ano, investidores canadenses e brasileiros criaram a São Paulo Tramway, Light and Power Company, responsável por implantar os primeiros sistemas de iluminação pública e de transporte coletivo movidos a energia elétrica na cidade de São Paulo.

Em 1901, a empresa inaugurou a primeira hidrelétrica a fornecer eletricidade para a cidade de São Paulo, a Usina de Parnaíba, e, em 1905, expandiu suas atividades para a então capital do Brasil, com a criação da Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Company. Ao longo dos anos, passou a investir também em sistemas de distribuição de gás e telefonia e, em 1925, tornou-se a maior empresa de serviços de utilidade pública da América Latina.

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